Por karilayn.areias

Rio - O outono polar que chegou ao Rio de Janeiro, com temperaturas bem abaixo dos 30 graus, exige um algo mais para esquentar a alma e a barriga. A parada obrigatória fica na Lapa, pertinho do DIA e onde todo fim de tarde bato ponto para traçar algumas das melhores iguarias da cidade.

Seu Jorge Luiz comanda o Point das Sopas na Rua Silvio RomeroDivulgação

O Point das Sopas, sob o comando do Seu Jorge Luiz, é coisa divina. São cinco variedades por dia, cinco vezes por semana. Todas imperdíveis. Tem caldo verde, frango com inhame, mocotó (às terças e quintas), carne com legumes, couve-flor com alho poró. Às sextas, especialmente, frutos do mar.

Tem canjica doce, canjiquinha com costela suína, baião de dois e, de vez em quando, estrogonofe com arroz. De carne e de frango.

O preço é convidativo, padrão da antiga Lapa. Tem sopa de R$ 6, R$ 8 e R$ 12, de acordo com o bolso e a fome de cada um. Ideal não apenas para esquentar, mas para forrar o estrombo da molecada que faz desse furdunço aqui a zona boêmia da cidade.

O Point das Sopas fica escondidinho na subida da Rua Silvio Romero, em frente à Caixa Econômica Federal, que desde ontem está sob risco de ser privatizada, na calçada do Hospital da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.

Eu tinha curiosidade de conhecer os responsáveis por colocar um nome tão extenso numa casa de saúde. Nunca consegui decorar. Nem quero. Prefiro parar na carrocinha do Seu Jorge Luiz e assistir ao vaivém tresloucado da Lapa carioca.

O Point das Sopas rola apenas de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h. Às sextas, vai até meia-noite ou um pouco mais. Seu Jorge Luiz só aceita dinheiro. Se pedir com carinho, até rola fiado.

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