GONZAGUINHA - PEÇA PRINCIPAL - Divulgação
GONZAGUINHA - PEÇA PRINCIPALDivulgação
Por RICARDO SCHOTT

Rio - O carisma e a música de Gonzaguinha (1945-1991) independem de datas redondas. O cantor morreu há 27 anos num acidente de automóvel e tem sua história contada em dois musicais. Um deles é 'Gonzaguinha: O Eterno Aprendiz', que tem única apresentação hoje na Sala Baden Powell, em Copacabana, às 19h - por sinal um dia antes do aniversário da morte do artista. A outra é 'Gonzaguinha: Saudade', que está em cartaz no Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes, sextas e sábados às 20h, e domingos, às 19h.

Em ambas as peças, o foco é na figura de Gonzaguinha como uma espécie de "cavaleiro solitário" (que é o nome de uma música do cantor, por sinal). E na sua produção musical, que é intercalada com as atuações de Rogério Silvestre (que interpreta o cantor em 'O Eterno Aprendiz') e Sandro Melo (que em 'Saudade', sozinho no palco, faz o cantor, toca violão e ainda foi responsável por direção e texto).

Na primeira peça, Silvestre ainda conta com uma banda de dois cantores e cinco músicos. E ainda tem como participante ninguém menos que Fredera, guitarrista do grupo Som Imaginário, que acompanhou Gonzaguinha, Milton Nascimento e vários nomes da MPB.

"Fredera tem história profunda com a MPB. Sua participação é mais do que especial, é muito tocante e comovente", conta Silvestre, que assistiu a vários vídeos e conversou com amigos de Gonzaguinha, para compor o papel. "Isso me ajudou muito a compreender o que ele desejava expressar. Meu maior desafio era fazer com que as pessoas acreditassem que ali no palco estava o Gonzaguinha. É um mergulho não só forma física, mas uma busca da alma".

TEMAS ATUAIS

O mergulho das duas peças na história de Gonzaguinha passa por seus grandes sucessos. Uma lista que vai da alegria de 'O Que É, O Que É' e 'A Felicidade Bate À Sua Porta' ao protesto de 'Comportamento Geral', e cujas letras falam de amor, de feminismo, de sexo, de pobreza.

"Gonzaguinha falava de temas muito discutidos entre os jovens: feminismo, sociedade, política. O espetáculo faz com que o jovem conheça coisas que o artista pensava a respeito disso tudo", conta Silvestre, que se tornou fã de Gonzaguinha em 1999, ao vir morar no Rio.

VOZ E VIOLÃO

'Gonzaguinha: Saudade', que sai de cartaz neste domingo, inspira-se no último show realizado por Gonzaguinha, dado no Clube Pinheiros, em Pato Branco (PR), no dia 28 de abril de 1991. Em meio ao monólogo interpretado por Sandro, as músicas aparecem em releituras intimistas. A ideia é justamente fugir da maneira como geralmente são encenados os musicais biográficos.

 

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