Hermano (Gabriel Leone), Maria (Alice Wegmann) e Nonato (Marco Pigossi) em cena de
'Onde Nascem os Fortes' - FOTOS Estevam Avellar/TV Globo
Hermano (Gabriel Leone), Maria (Alice Wegmann) e Nonato (Marco Pigossi) em cena de 'Onde Nascem os Fortes'FOTOS Estevam Avellar/TV Globo
Por Gabriel Sobreira

Rio - Maria (Alice Wegmann) está apaixonada por Hermano (Gabriel Leone). Mas ele é filho de Pedro (Alexandre Nero), que pode ter sido o responsável pelo sumiço do irmão dela, Nonato (Marco Pigossi). Cássia (Patricia Pillar), que é mãe de Maria e Nonato, se interessa por Pedro, mas também precisa administrar a atração por Ramiro (Fábio Assunção), cujo desejo é destruir o rival, Pedro.

"Todos os personagens estão impossibilitados de realizar o que desejam. Nesta supersérie, fica nítido que ninguém tem controle da vida", afirma Luiz Villamarim, diretor artístico de 'Onde Nascem os Fortes', que estreia hoje, às 22h20, na Globo.

A trama

A supersérie mostra a amizade entre os gêmeos Maria e Nonato, que vão para a fictícia Sertão, cidade natal da mãe deles, para aventuras de mountain bike, sem o conhecimento de Cássia. Numa noite, Nonato flerta com Joana (Maeve Jinkings), amante de Pedro, homem poderoso na cidade. Pedro não gosta e vai tirar satisfação com o rapaz e eles brigam. Os capangas do empresário entram no circuito e machucam muito Nonato, que nunca mais é visto. Sem notícias do irmão, Maria abre o jogo para a mãe, Cássia, que se vê obrigada a voltar para a cidade que há 20 anos tinha prometido nunca mais pisar novamente.

"Ele nega ter a ver com o desaparecimento do Nonato, se mostra sentido pelo sofrimento de Cássia, mas, ao mesmo tempo, promove uma caçada sem trégua a Maria, a quem considera um perigo. Isso torna o personagem ainda mais complexo, o que me interessa muito como ator. É um tipo de personagem que você não o compreende por completo num primeiro olhar. Ele vai revelando no curso da história novas camadas de quem ele de fato é", explica Alexandre Nero.

Para Alice Wegmann, sua personagem, Maria, se sente atormentada pela falta do irmão. É como se tivessem tirado uma parte dela e, com isso, fosse impossível viver do mesmo jeito. "Ela não acredita nos poderes instituídos, ao contrário da mãe, que insiste em seguir pelos caminhos oficiais. Mas Maria também tem essa impaciência da juventude, algo forte na sua personalidade. Isso acaba fazendo com que Maria perca os limites e o controle dos seus atos. Ela é atropelada pela própria ânsia de respostas", diz a atriz.

Já Cássia (Patricia Pillar) fica dilacerada pela profusão de sensações que experimenta ao saber do sumiço do filho e, além disso, que a filha está ameaçada de morte. Engenheira química, a mulher mora há anos em Recife e deixa tudo para trás por instinto materno, mas também contrariada. "Ela tem uma história com aquele lugar (a cidade de Sertão) que a assombra. Mais cedo ou mais tarde, ela teria que resolver essa questão", pontua Patricia.

Nessa saga por respostas, Cássia esbarra com Ramiro, um juiz de Sertão. Um homem solene, sombrio, machista e preciso. O maior objetivo dele é desbancar Pedro nos negócios de bentonita um tipo de argila utilizada desde a indústria petrolífera até produção de areia para gatos. Ramiro se apresenta como uma possibilidade de Cássia ter justiça. Mas ele tem seus próprios desejos. "Ramiro tem gosto pelo poder e também pelo dinheiro. Para ele, tudo passa pela sensação de estar no controle", conta Fábio Assunção.

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