Mário Vieira dos Santos é natural da terra da famosa cachaça Rainha, a cidade de Bananeiras, na Paraíba, e está no Rio de Janeiro desde 1990, mesmo ano em que conheceu a Feira de São Cristóvão. Hoje, ele fala do seu forró aqui na coluna.
"Minha barraca é na Rua Paraíba, perto da entrada Padre Cícero. Não tem erro. Aqui o fole come. Tem aquele forró da antiga e os sucessos que embalam qualquer rala-coxa", diz o feirante, que brinca com os amores que a música desperta. "Quem entra solteiro sai casado, mas cuidado porque tem gente que entra casado e sai solteiro", completa.
Desde 1990, Mário conhece a Feira, mas só em 2006 que seu sonho de ser feirante foi concretizado. "Já trabalhei em hospital, mas sempre quis ter o meu comércio e algo ligado com a música. Hoje, quando tocam forró na minha barraca, é uma emoção que eu não sei descrever", diz o feirante, que às sextas-feiras faz uma tradicional noite do karaokê.
"A Feira é tudo pra mim. Todo cliente que entra na minha barraca é bem recebido. Eu vou dormir e acordo pensando em maneiras para atendê-los melhor a cada dia", finaliza o feirante, que faz questão de afirmar que o forró começa às 23h de sábado e não tem hora para acabar.
