Estreia amanhã, no Teatro Ipanema, o espetáculo 'Nuon'. Depois de temporadas em Curitiba e São Paulo, a montagem, que a partir da guerra do Camboja fala de todas as guerras, desembarca na cidade.
Em cena, personagens se encontram obrigados a escolher entre viver em meio à dor e à brutal desconstrução de suas referências ou morrer em uma tentativa de resgatar, ainda que por um último instante, sua humanidade.
Por meio da beleza estética que o oriente inspira, 'Nuon', que traz no título o nome da protagonista, vivida pelas atrizes Helena Tezza, Janine de Campos e Regina Bastos, em fases diferentes da vida, traz uma reflexão sobre guerra, refugiados, fronteiras, imigração e a perda dos valores humanos.
A obra escolhe o silêncio, o belo e a poesia para falar da dor e da perda de tudo. Seguindo um provérbio oriental: "Contra a dor, só a beleza".
Com texto e direção de Ana Rosa Tezza, o espetáculo fala ainda da ausência dos afetos, da educação, da civilidade, da solidariedade humana. E de que como tudo o que constitui a ideia de humanidade fica suspenso e sucumbe à barbárie. Nada mais atual.
