Thiago Arancam: tenor começou a cantar aos 6 anos num coral infantil
 - Divulgação
Thiago Arancam: tenor começou a cantar aos 6 anos num coral infantil Divulgação
Por RICARDO SCHOTT

Rio - O tenor Thiago Arancam, 36 anos, faz questão de dizer que seu show é um espetáculo para toda a família. E não apenas para pessoas que conhecem e já curtem de antemão o canto lírico. O repertório de 'Bela Primavera', turnê que passa nos dias 26 e 27 de outubro pelo Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, traz trechos de óperas como 'Nessun Dorma' (de 'Turandot'), a hoje cultuada 'Bella Ciao' (popularizada pela série 'La Casa de Papel') e sucessos de bandas como Queen ('Who Wants to Live Forever') e Coldplay ('Viva La Vida'). Tem até 'Hallelujah', de Leonard Cohen, no roteiro.

"É um show também para todas as classes e faixas etárias. E a ideia é tirar a mística que tem em torno do canto lírico. A ideia não é popularizar a ópera, por exemplo. Mas a maneira como eu interpreto aproxima o canto lírico das pessoas", conta o cantor, agradando gregos e troianos ou melhor, fãs de rock e de erudito ao reler Queen e Coldplay.

"Sempre tive boa aceitação. Quando você faz uma coisa bom gosto, e ainda por cima coloca um certo estilo, não tem motivo para haver preconceito. Procuro usar elementos do popular e do clássico, trazendo guitarras distorcidas, orquestra. Respeito todos os gêneros, mas coloco minha assinatura", afirma o tenor, que já se apresentou em mais de 40 países. Sua carreira internacional começou em 2004 quando venceu o Concurso Internacional de Canto Erudito Bidu Sayão. Foi o que lhe abriu portas na Academia de Canto Lírico do Teatro Alla Scala, de Milão, onde se formou em 2007.

INCLUSÃO

Thiago nasceu em São Paulo e começou a se envolver com a música a partir de sua entrada num coral infantil, aos 6 anos. Sua família não costumava ouvir música clássica e o municiou de conhecimento pop ("com meus pais, conheci Cazuza, Nat King Cole, Lulu Santos", conta). Já a virada para o lírico se deu de forma absolutamente natural.

"A minha voz ia para um caminho onde ela ficava empostada, quando cantava músicas que tendenciavam ao canto lírico. Ela reverberava, entretinha as pessoas", recorda o tenor, apostando na música clássica como ferramenta de inclusão social. "Ela é uma locomotiva. Nisso, ela caminha lado a lado com o esporte".

Você pode gostar
Comentários