Manaia, ou Bruna Antico Neves: temas como liberdade estão sempre em suas músicas - Divulgação
Manaia, ou Bruna Antico Neves: temas como liberdade estão sempre em suas músicasDivulgação
Por Ricardo Schott | ricardo.schott@odia.com.br

Rio - Manaia bem que tentou trabalhar com design e engenharia. Não deu: sua paixão pela música falou mais alto. Ligada ao rock, a cantora de 30 anos cujo nome verdadeiro é Bruna Antico Neves acumula composições ("quando chegou nas 200, parei de contar", brinca), lança os dois primeiros singles ('Baby' e 'Medo'), prepara álbum para dezembro e diz ter caído na música para se libertar. Especialmente após, na adolescência, ter sido diagnosticada com Transtorno Borderline.

"Na época foi duro. Eu me senti fracassada. Me perguntava porque eu não era normal, porque eu não era como os outros. Sempre fui boa aluna, sempre fui bem na escola...", recorda ela, que passou a pesquisar tudo o que podia sobre o transtorno. E a escrever sobre suas experiências. "Algumas pessoas que têm bordeline não aguentam, têm um treco, não sabem o que têm... E 1% delas é o grupo das pessoas mais espetaculares das artes: cantam, pintam. Pensei: 'Eu vou buscar o que esse 1% tem'. O transtorno veio como um problema e hoje é um escudo", relata.

SOM NA DISNEY

Quando optou pela música, Manaia (cujo nome vem de um anjo guardião da tribo Maori que equilibra terra, céu, água e ar) resolveu fazer um curso de Técnica Vocal na Berklee College of Music, em Boston, Estados Unidos. Não foi sua única aventura musical nos EUA: num dia, quando passeava pela Disney, acabou ficando entre os três finalistas do concurso 'American Idol Tour'.

"Quem estivesse no parque, já estaria nas audições. Nem pensava nisso, eu estava de férias e queria era andar de montanha russa!", brinca. "Mas fui passando de fase e, quando vi, estava cantando num palco para mil pessoas".

GAIOLA

No clipe de 'Baby', ela aparece numa gaiola (que funciona como "uma prisão mental", como ela explica). "Fizemos algo que fosse barato e artisticamente bonito. A gaiola foi feita com várias cordas amarradas de cima do galpão", explica Manaia. "E ficou a ideia de que eu estava presa, de que queria liberdade. Abordo sempre isso nas minhas músicas. As pessoas ficam sempre presas ao que a sociedade espera delas".

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