Vestido de Papai Noel, Arlindo Lopes, o Getúlio, em cena com Maria Rita, a Mel - Aline Bernardo
Vestido de Papai Noel, Arlindo Lopes, o Getúlio, em cena com Maria Rita, a MelAline Bernardo
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Aos 39 anos, sendo 20 de carreira, Arlindo Lopes está vivendo um desafio diferente em 'Malhação: Vidas Brasileiras'. Na pele de Getúlio, o inicialmente trambiqueiro tio de Érico (Gabriel Fuentes), ele tem passado por uma série de transformações diante das câmeras.

"A Patricia (Moretzsohn, autora) disse que meu personagem é o que mais se transforma. Comecei como um vilão, na verdade um cara de caráter duvidoso, que fazia o sobrinho roubar os cartões dos alunos do colégio, entre outras coisas", observa o ator. "E acho que agora ele começou a amadurecer após a prisão do sobrinho, que para de confiar nele".

AVENTURAS

As novas peripécias do personagem estão por conta da relação com a professora Brigitte (Mariana Armellini) e também das aventuras ao lado da pequena Mel (Maria Rita). "A Brigitte acaba pegando Getúlio roubando, e ele sabe que para ficar com ela precisa ser uma pessoa melhor", constata. "Já a Mel o trata como criança, de igual para igual. Mas ele não a trata como criança. Ela é uma criança muito esperta e ele, imaturo", diverte-se sobre a dupla que vem fazendo sucesso junto ao público.

Vestido de Papai Noel, Getúlio é preso após dar um golpe para presentear Mel. "Ele quer presenteá-la, mas não tem dinheiro", conta. "Getúlio é irresponsável, mas tem bom coração. Como muitas pessoas, tem vários lados. É um desafio".

E o ator antecipa: "Depois disso, ele ainda vai entregar um anel de compromisso para Brigitte. Aí, começa outra fase".

PRODUTOR

Arlindo também estreou quatro filmes este ano e produz seus próximos projetos no teatro. "No cinema fiz personagens bem diferentes. Em 'Alguém Como Eu', fui na praia da comédia e fiz o melhor amigo da Paolla Oliveira. Em 'Berenice Procura' fiz um legista. Já em 'A Voz do Silêncio', fiz um portador do vírus HIV e filho da personagem de Marieta Severo", diz o ator, que está em cartaz com 'Beijo no Asfalto'.

Depois da experiência de falar sobre o universo dos portadores do vírus HIV nas telonas, o ator comprou, ao lado de Pierre Baitelli, os direitos de 'The Normal Hart' para o teatro, filme premiado estrelado por Julia Roberts e Mark Ruffalo.

"Estamos tentando captar há um ano e meio. A peça é baseada em fatos reais e fala do início da crise da Aids nos anos 1980", revela. "Tem uma epidemia acontecendo hoje e ninguém mais fala disso. Do fim dos anos 1990 para cá, quando já estava tudo controlado, teve um aumento de 11% na contaminação. Descobri quando comecei a produzir, a importância do foco do que você quer falar no teatro, que pode ser um lugar de transformação, de quem assiste e de quem faz".

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