Castorine, Evaldo Macarrão, Luisa Perissé e Paulo Vieira: novos integrantes do 'Zorra' - Globo/João Cotta
Castorine, Evaldo Macarrão, Luisa Perissé e Paulo Vieira: novos integrantes do 'Zorra'Globo/João Cotta
Por Gabriel Sobreira

Castorine, Evaldo Macarrão, Luísa Périssé e Paulo Vieira são algumas das novidades da quinta temporada do 'Zorra', que volta ao ar hoje, com nova abertura, inclusive uma outra versão para a trilha original. "O 'Zorra' aborda situações e críticas do nosso dia a dia e é isso que o público pode esperar", conta a carioca Castorine, de 19 anos, que explica a origem do nome dela: "Meu pai disse que é o nome de uma princesa espanhola, mas acho que é mentira porque eu procurei toda a família real no Google, e deu nada. O máximo que achei de Castorine foi a marca de um óleo de motor vintage (risos)".

A atriz conta que o primeiro contato com o humor foi usando-o como uma válvula de escape, porque foi uma criança tímida, que era desastrada e pagava muito mico. Quando foi para o teatro, fez muitas peças de curso livre, depois algumas profissionais e sempre havia um tom de comicidade. "Até conhecer o improviso, quando tive o contato com a preocupação de fazer o público rir e o mais importante, construir uma história, cada apresentação era cinco 'Pai Nosso' e uma arruda no peito", brinca. Assim que foi aprovada para o elenco, Castorine teve uma reação inusitada. "Sambei e fiz quatro sarradas no ar, uma atrás da outra", conta.

Castorine - FOTOS Globo/João Cotta

NATURAL

Direto de Salvador (BA), Evaldo, de 27 anos, ganhou o apelido de Macarrão quando tinha 14 anos, quando ele entrou em uma ONG, chamada CRIA (Centro de Referência Integral de Adolescentes), que fica no Pelourinho. O preparador vocal inventou de fazer aquecimento corporal e Evaldo não queria. "Ele (preparador) olha para mim, reclama que todos estavam fazendo o exercício menos eu, que estava lá jogado 'todo mole, que nem um macarrão'", lembra. Todos ao redor começaram a rir. "Eu não achei engraçado e fui lá reclamar, falando que meu nome era Evaldo Maurício, para ele me respeitar. Aí pronto, todo mundo começou a me chamar de macarrão. Eu não gostava no início, mas depois curti e adoro e adotei como nome artístico", explica o ator.

Morando há um mês no Rio, Macarrão sempre veio à cidade para trabalhos. Ele fez, entre outros trabalhos, 'A Grande Família' e 'Velho Chico', e passou por três testes até conseguir a aprovação para o elenco. "Minha reação foi de felicidade, de conquista, de orgulho, de representação. Foi uma felicidade tão grande, que só Deus e os orixás que me acompanham para me acalmar de tanta emoção. Foi uma vitória", comemora ele, que afirma que a relação com a comédia não foi proposital. "Fui me descobrindo, me realizando, me empoderando e acreditando no meu potencial até chegar nesse lugar", explica.

Evaldo Macarrão - Globo/João Cotta

DNA

Na época de testes para as novas caras do 'Zorra', Luisa Perissé tinha feito o dela para outro produto da Globo, mas não conseguiu fazer o workshop porque estava fazendo um filme. Resultado ela não pegou o papel. "Marcius (Melhem, diretor de humor da Globo) tinha me visto em cena na peça que eu fiz 'Alice no País da Internet', que era num papel engraçado de uma rainha de copas muito louca. Aí meu nome foi falado, e eles viram meu teste. Daí surgiu o convite, o que me deixou muito feliz", comemora a atriz de 19 anos.

"Minha mãe conta que um dia eu cheguei da escola, meio triste, aí ela perguntou o que era e eu disse: 'Na escola todo mundo ri de mim'. Aí ela disse: 'Todo mundo ri da mamãe, do papai, do titio, do vovô' (risos). Aí eu vi que estava tudo certo", conta ela, que é filha dos atores Heloísa Périssé e Lug de Paula - muito lembrado pelo personagem Seu Boneco, da 'Escolinha do Professor Raimundo', e neta de Chico Anysio (1931-2012). "Fora que eu viajava com ela e tia Gru (Ingrid Guimarães) pelo Brasil inteiro fazendo 'Cócegas'. Então tudo isso foi se juntando a algo que já havia no meu coração e que hoje vejo concretizado", entrega Luisa.

Luisa Périssé - Globo/João Cotta

ESSÊNCIA

Durante dois anos e meio, Paulo Vieira ele fazia de quase tudo no 'Programa do Porchat', na Record. Era coapresentador, repórter, roteirista. O convite veio de Marcius Melhem. "O Zorra exige muito do ator. No mesmo dia a gente grava quatro ou cinco cenas com personagens absolutamente diferentes. Posso ser um policial, empresário e padre num mesmo dia. Me faz retornar para minha essência de teatro. Exige que eu esteja inteiro na cena. Fora que tem cenas épicas, históricas, musical, me exige na raiz daquilo que eu sou", destaca o ator.

Paulo Vieira - Globo/João Cotta

Segundo Vieira, o diferencial do humorístico é o fato dele ser um cronista semanal: "Em alguns anos, se você pegar o 'Zorra', ele vai ser quase que um documento dessa época. Não faz piada jogada ao vento, ela é pensada".

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