Nazaré (Renata Sorrah) em 'Senhora do Destino'. Abaixo, Carminha (Adriana Esteves) em 'Avenida Brasil' - Globo/Zé Paulo Cardeal
Nazaré (Renata Sorrah) em 'Senhora do Destino'. Abaixo, Carminha (Adriana Esteves) em 'Avenida Brasil'Globo/Zé Paulo Cardeal
Por Gabriel Sobreira

Rio - Nazaré (Renata Sorrah em 'Senhora do Destino'), Odete Roitman (Beatriz Segall em 'Vale Tudo') e Carminha (Adriana Esteves em 'Avenida Brasil'), qual delas é a vilã mais amada? Para ajudar a responder essa pergunta, o VIVA lança neste sábado, às 19h, a série documental 'As Vilãs que Amamos'. Criada por Hermes Frederico, e dirigida por Felipe Careli e Waldecir de Oliveira, a produção vai mostrar curiosidades sobre essas personagens e outras tantas que infernizaram a vida de muitas heroínas da teledramaturgia.

Fernanda Montenegro, Lília Cabral, Susana Vieira, Claudia Abreu, Eva Wilma, Nathália Timberg, Cássia Kis, Marieta Severo, Léa Garcia, Laura Cardoso, Joana Fomm, Glória Menezes, Renata Sorrah, Gloria Pires e Adriana Esteves são as convidadas da atração. A cada episódio, elas comentam a importância das antagonistas dentro das tramas e o que as faz serem, ao mesmo tempo, tão odiadas e amadas pelos telespectadores, além de compartilharem memórias, curiosidades, inspirações e influências.

 

"Uma boa vilã pede uma boa mocinha; uma mocinha competente pede uma vilã de igual competência, para que haja esse embate que dá vida à trama, que gera o interesse do público em acompanhar a história. Então, acredito que as duas figuras dramatúrgicas contém características uma da outra: não existe vilã que não tenha seu lado heroína, mocinha, do bem", explica Regina Duarte, a Helena de 'Por Amor', no ar em 'Vale a Pena Ver de Novo', na Globo.

A eterna namoradinha do Brasil diz ainda que não acredita que exista uma mocinha, heroína e personagem do bem que não tenha características vilanescas. "A vilania está lá, às vezes não explícita. Por exemplo, tem uma vilania no gesto de doar um filho para a própria filha, como em 'Por Amor'. Tem muito amor sim, mas muito desamor também", pontua a veterana.

Para Silvio de Abreu, diretor de Dramaturgia da Globo, a vilã é o personagem mais cativante de uma obra, porque nele você pode usar a imaginação. "Falando como autor, você pode colocar toda a maldade que há em você pra fora. E a vilã, diferente de um vilão, que é algo mais sério e pesado, ela pode ser muito leve e divertida também. Não no sentido da comédia, e sim nas armações que ela pode fazer. A mulher como personagem é mais interessante que um homem, pois traz mais possibilidades", atesta ele, que é autor de, entre tantas outras novelas, 'Belíssima', cuja vilã foi Bia Falcão (Fernanda Montenegro).

"A mulher com sua doçura consegue conquistar as pessoas, mesmo tendo uma segunda intenção por trás. Por isso, a vilã, em primeiro lugar, tem que ser um personagem muito fascinante e nada obvio", decreta Abreu.

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