Rio - O escritor Rubem Fonseca morreu ontem, aos 94 anos, vítima de um infarto fulminante. Ele estava em seu apartamento, no Leblon, Zona Sul do Rio, e chegou a ser levado ao Hospital Samaritano, em Botafogo. Lá, os médicos tentaram reanimá-lo, mas Rubem não resistiu.
Com estilo direto, seco e irônico, ele é autor de obras-primas da literatura brasileira, como os romances 'Bufo & Spallanzani' e 'Agosto', além de contos como 'Lucia McCartney' e 'Feliz Ano Novo'. Em 2003, venceu o prêmio Camões, principal premiação da literatura em língua portuguesa. Seu último trabalho é 'Carne Crua', de 2018.
José Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora (MG), em 11 de maio de 1925. Aos 8 anos, ele mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1952, iniciou carreira como comissário da polícia, o que gerou histórias e memórias para diversos contos e romances que escreveu ao longo da carreira. Sua estreia na literatura foi com o livro 'Os Prisioneiros', em 1963.
As obras de Fonseca chamaram a atenção de roteiristas da TV e do cinema. 'Agosto', um de seus livros mais celebrados, foi adaptado como minissérie na Globo, em 1993.
Autores e intelectuais lamentaram a morte do romancista. O escritor português Valter Hugo Mãe publicou uma foto com Fonseca em suas redes sociais e escreveu: "Magnífico escritor que tanto me honrou, tanto me inspirou". A escritora Nélida Piñon comentou: "Trazia no bojo de seu texto uma grande cultura".
