Por O Dia

Tá se sentindo fora de forma nessa quarentena? Tem uma pessoa que pode te ajudar: Gracyanne Barbosa, a musa fitness que conquistou milhões de seguidores ávidos por dicas para manter a saúde em dia. Com 8,6 milhões de seguidores no Instagram pessoal (@graoficial) e mais 403 mil no de receitas (@cozinhasaudaveldagra), a influenciadora de 36 anos, moradora da Zona Oeste, está completando duas décadas de carreira. E segue conquistando fãs.

O poder da morena na internet é surreal. No ano passado, a consultoria Hopper HQ revelou que ela é uma das cinco brasileiras na lista das 100 celebridades do mundo inteiro que mais faturam com o Instagram. Na categoria fitness, ocupa a 8ª colocação mundial. Parte do sucesso ela deve ao fato de ser exigente.

"Sou muito criteriosa, quero conhecer tudo primeiro, saber o que pode somar na vida das pessoas positivamente. Tenho uma relação de confiança bem legal com meus seguidores", garante a musa, que tem conseguido manter a disciplina no período de isolamento.

"Costumo fazer um cronograma semanal de atividades, tarefas, aulas. Estou aproveitando esse tempo para estudar inglês, fazer algumas coisas que na correria não conseguia. Aqui dividimos os trabalhos de casa, eu arrumo cozinha, limpo quarto, banheiro, faço comida, de tudo um pouco, e assim vamos nos ajudando nesse momento difícil".

Para quando a quarentena acabar, os planos já estão definidos: "Sinto tanta falta do contato com as pessoas, poder abracar, beijar, conversar, andar livremente com meus cachorros na rua. Quero dar um mergulho na praia, passear, mas acho que a primeira coisa que farei é ir à igreja agradecer".

Orgulho do começo

Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Gracy se mudou para o Rio ainda na adolescência e precisou trabalhar por alguns anos como faxineira. E se engana quem pensa que ela quer apagar essa fase de sua biografia. Pelo contrário, tem orgulho dela. "Trabalhando com faxina tive os melhores aprendizados da vida! Principalmente a não desanimar mediante as dificuldades".

E completa: "Sei que muitas mães e mulheres vivem da faxina para sobreviver, sustentar família, filhos, e sei que esse e um trabalho pouco valorizado. Eu era diarista aos finais de semana, durante a semana já tinha dois empregos e também limpava a academia pra treinar 'de graça'. Poderia lamentar e dizer as partes ruins? Sim. Mas prefiro dizer que esse trabalho me motivou ainda mais a batalhar por aquilo que escolhi para viver".

Das faxinas para a tela da TV

Em 2000, aos 16 anos, Gracy foi descoberta pelo empresário do grupo musical carioca Tchakabum, que a convidou para ser dançarina da banda, posto que ocupou durante oito anos. Sua primeira apresentação com o grupo foi no programa O Positivo, da TV Bandeirantes. Ao analisar os 20 anos de carreira, ela comenta: "São tantos momentos marcantes. Meu trabalho só me traz coisas boas. Se teve piores momentos, acredito que tenham sido por causa de fake news e fofocas, mas todos nós, pessoas públicas, estamos sujeitos a isso, né?".

Sobre o ingresso no mundo fitness, ela conta que, profissionalmente, tudo começou há oito anos. Mas a paixão por esse universo começou ainda na infância. "Foi tudo muito rápido e meio assustador (risos). Sempre gostei de treinar, de cuidar do corpo, da mente, aprendi isso ainda criança. Eu ficava observando minha mae fazer ginastica e copiava depois, fazia agachamento com cabo de vassoura".

A prática de esportes também entrou cedo na vida da sul-matrogrossense. "Quando entrei no time de vôlei da cidade, havia uma preparação, exercícios, treinos... Ali, sem dúvidas, nasceu meu amor por musculação. Para mim sempre foi por questão de saúde, de ter uma vida melhor. Quando me dei conta, se tornou muito mais que isso. Passou a ser, trabalho, oportunidades, marca e nome", relembra Gracy, citando como ponto alto da carreira a primeira participação no 'Mrs Olympia', feira fitness mais importante do mundo, em Las Vegas, no ano de 2015.

"Fui para conhecer e recebi um carinho que não esperava, pessoas do mundo inteiro falando meu nome, pedindo foto, reconhecendo meu trabalho, dizendo que mudaram a vida se inspirando em mim. Fiquei tao grata, feliz e emocionada", relembra.

Estrela no mundo do samba
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Impossível pensar em carnaval sem associá-lo à Gracyanne Barbosa. Ela foi rainha de bateria pela primeira vez em 2007, pelo Salgueiro. De lá pra cá já passou por oito escolas de Rio e São Paulo. "O carnaval é minha vida! É a época do ano que mais gosto e me deixa feliz. Às vezes me faltam palavras para descrever o que sinto. O meu amor pelo carnaval foi à primeira vista, desde o primeiro contato. Eu frequentava os ensaios, estava sempre presente, eles estavam precisando de uma rainha, me convidaram e aceitei com muito carinho".
A enorme exposição a levou também para as capas das revistas masculinas. Ao longo da carreira, realizou diversos ensaios sensuais, o primeiro deles em 2007 para a Playboy. O sucesso foi tanto que muitos outros ensaios vieram depois. "O primeiro foi um desafio, eu queria fazer mas estava com muita vergonha e muito tímida. Mas com a ajuda da produção consegui me soltar e adorei o resultado! No começo, a exposição, comentários e a maneira como algumas pessoas veem a nudez assustam. Mas com o passar do tempo, aprendi a lidar com a exposição numa boa", acredita Gracy, que está casada com o cantor Belo desde 2006.
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As lições da infância e o sucesso acadêmico
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Muita gente não sabe, mas Gracy é advogada e se formou em uma das mais prestigiadas universidades do Brasil, a UFRJ. "Sempre foi meu sonho estudar Direito, eu pensava na carreira, nas oportunidades e também na parte financeira. Mas a minha vida mudou completamente e, de repente, quando me dei conta, eu já era dançarina, personalidade fitness, cheia de contratos, projetos e planos diferentes. Sofri muito preconceito na época, ouvi muitas piadinhas e, às vezes, ainda aparece algum comentário nesse sentido. O tal do machismo disfarçado de opinião".
Sobre a infância em Campo Grande, ela relembra: "Foi simples e maravilhosa. Cidade pequena, tudo muito simples, família e vizinhança unidas, não tinha tecnologia nem as maldades de hoje. Eu amo Campo Grande! Não consigo visitar a cidade, por causa da agenda corrida, mas quando tenho evento por lá, aviso as pessoas próximas para matar a saudade".
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O contato com a família ela mantém pelo telefone e redes sociais. "As minhas aspirações de adolescente são as que carrego sempre comigo: trabalhar muito, ter meu próprio dinheiro, ajudar minha família e não passar necessidade".
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