DJ Laura Atalla encanta seguidores pela boa forma mas alerta para os episódios de assédio nas baladas - fotos DIVULGAÇÃO
DJ Laura Atalla encanta seguidores pela boa forma mas alerta para os episódios de assédio nas baladasfotos DIVULGAÇÃO
Por Gustavo Monteiro

Além das receitas saudáveis e dos grandes eventos onde se apresenta, Laura Atalla, estudante de Nutrição e DJ, chama a atenção com as fotos de biquíni e o corpo escultural no Instagram (@lauraatalla). Mas trabalhando como DJ, a carioca de 25 anos, moradora do Recreio, já passou por muitas situações desagradáveis. Ela conversou com O DIA sobre carreira e assédio, e a ideia é que esta entrevista sirva de alerta para que outras mulheres possam se empoderar e afastar possíveis assediadores.

Nas suas redes sociais, as fotos mais sensuais são comuns e chamam a atenção dos admiradores. O que você diria para pessoas que tentam justificar assédio culpabilizando a vítima por usar 'roupas curtas'?

No dia a dia eu sou básica, mas para me apresentar gosto de looks mais pelados, e isso virou uma marca minha. Eu gosto de escolher peças que favorecem o meu corpo e me deixam à vontade para dançar e interagir com o público do jeito que eu gosto. Mas isso não dá aos outros o direito de assediar. Já passei por algumas situações incômodas como passarem a mão em alguma parte do meu corpo e alguns puxões também. Me incomodam demais, é inevitável, é uma violação do meu íntimo.

E como você lida com essas situações? Quais são suas estratégias para se livrar desse tipo de constrangimento?

Acho que depende do público e do ambiente. Quando estou tocando sei que eu sou pública, mas meu corpo não. Tento levar com humor, reagir com estresse é a pior escolha em se tratando de ambiente de trabalho.

Com a pandemia, os setores cultural e de entretenimento foram duramente afetados. Como você está vivendo esta fase?

A saudade está indescritível! Está todo mundo meio perdido nos dias da semana durante essa pandemia, mas quando eu percebo que é sexta ou sábado, bate um aperto e uma saudade absurda. Não vejo a hora de voltar com tudo!

Qual a importância da música na sua vida?

Eu respiro música 24 horas por dia. É difícil expor a importância que ela tem para mim. Lá pelos meus 15 anos, me arrisquei encarando a música como um sonho. Cheguei até a gravar clipe (risos), quando percebi que não era para mim. Cogitei fazer produção musical logo após o ensino médio, mas não foi pra frente.

Para quem deseja seguir essa carreira, que dicas você daria?

Olha, não deve existir nada mais gostoso do que viver da música, mas é de fato uma aposta arriscada. Exige primeiramente dedicação e autoconfiança. Na minha adolescência, sofri na pele algumas dificuldades que muitos enfrentam para se infiltrarem no ramo, mas persistir tem seu valor. Sente medo? Vai com medo mesmo!

Conta como foi o início da sua jornada neste ramo. E fale dos seus projetos para depois da pandemia.

Toco há quase dois anos. Entrei de paraquedas! Comecei produzindo um evento meu em 2018 e a partir dali só fui me enfiando cada vez mais na noite. E, sim, ainda tenho um mar de coisas para aprender. Quando a vida voltar ao normal, pretendo investir em cursos bacanas. Ainda é só o começo! A minha sorte é que tenho pessoas ao meu lado que acreditam em mim. Essa é a minha maior força.

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