Em destaque, o produtor WC no Beat. Abaixo, Anitta e Ludmilla, participações do álbum 'GRIFF'
 - Gabriel Dias
Em destaque, o produtor WC no Beat. Abaixo, Anitta e Ludmilla, participações do álbum 'GRIFF' Gabriel Dias
Por Juliana Pimenta

Rio - O que é o trap funk? Bom, a melhor pessoa para responder à pergunta é um dos precursores do ritmo, o produtor Weslley Costa, conhecido como WC no Beat. "É, simplesmente, a mistura do trap e do funk. A mistura de um ritmo urbano dentro de um beat com vozes de artistas. Para ser trap funk, precisa ter um representante do rap e um do funk, tem que ter essa mistura sempre", defende o capixaba, que reconhece o seu trabalho no desenvolvimento do ritmo.

"Eu fiz isso se tornar uma influência depois de meu primeiro álbum. Antes, existia pouco trap funk do formato que a gente ouve hoje. Eram mais remixes de músicas já lançadas", explica WC que, aos 25 anos, acaba de lançar 'GRIFF', seu segundo álbum, que teve estreia com quatro músicas no top 200 do Spotify Brasil.

A produção, que tem 12 faixas, é resultado do estudo feito após o lançamento do álbum '18k'. "Eu tive que aprimorar meu gênero, assim como outros estilos se aprimoram com os anos. Isso também acontece com o samba, o sertanejo e o pagode. Eu estudei muito o meu primeiro álbum para não fazer igual. Nós, que somos produtores musicais, temos que estar ligados no que acontece de novo e no que é antigo, que pode ser reciclado. Como o trap funk é novo, é sempre uma surpresa pra mim. Fazer algo fora da caixa é o que chama atenção e faz sucesso. Esse disco todo é fora da caixa", diz.

Participações de luxo

E não há dúvidas de que WC está ligado nas tendências do cenário musical. Não à toa, o novo álbum conta com a participação de 33 artistas renomados, como Anitta, Ludmilla, Djonga, Rebecca, Karol Conka, Pedro Sampaio, Dilsinho, Kevin o Chris, Vitão, PK, MC Zaac. A explicação para conseguir reunir tanta gente boa em um trabalho só? "Ah, são amizades. Eu sou muito amigo da galera. Desde que vim morar no Rio, há seis anos, tive a sorte de conquistar a amizade desses grandes artistas, que além de gostarem das minhas músicas, topam participar disso comigo", explica o artista, dando detalhes das parcerias.

"A maior parte do disco foi pensada para cada artista. Eu faço uma batida e mando para a pessoa quando acho que tem a cara dela. Com a Anitta foi assim, por exemplo. São conexões que o meu próprio trabalho vai fazendo", destaca WC, que lembra com carinho das gravações.

"Todas as faixas tiveram uma certa dificuldade de fazer por questão de deslocamento, logística. Isso é cansativo, mas é muito gostoso. Não é nada mais do que fazer música com meus amigos. Isso traz a paixão especial por cada faixa", diz.

Missão e legado

O produtor comemora cada resposta positiva dos fãs. "Estou orgulhoso, sim. Mas desde que saí do Espírito Santo, para seguir meu sonho de viver da música. E vejo o rastro de inspiração que a gente deixa. Gosto do que faço e faço desde os 9 anos. Eu sei que nasci para isso, não tem como fugir ou negar. É um dom divino e, quando é divino, a gente tem obrigação de repassar para o mundo".

 

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