Branca Messina - Globo/João Miguel Júnior
Branca MessinaGlobo/João Miguel Júnior
Por Juliana Pimenta

Rio - Estreia hoje, no Globoplay, a segunda temporada da série 'A Divisão'. A história, que se passa no final da década de 1990 e retrata o cotidiano das atividades de um grupo de policiais da Divisão Antissequestro do Rio de Janeiro (DAAS), vai ganhar um novo rumo com a chegada da detetive Lavínia, policial integrante da Corregedoria da Polícia Civil. "A Lavínia é muito obstinada. O grande objetivo dela é revelar todos os segredos ali, mesmo que colocando a sua vida em risco. Ela incomoda todo mundo por essa vontade de descobrir a verdade custe o que custar. Foi muito bom, um presentão fazer", conta Branca Messina, que dá vida à primeira policial da carreira.

"Eu já fiz algumas médicas, mas até energeticamente falando, esse é um outro lugar. Fui para a academia de polícia, fiz treinamentos e até aprendi a segurar armas", destaca a atriz, de 35 anos, que tem uma relação direta com o contexto apresentado na série.

Assim como explicitado em 'A Divisão', os anos de 1990 no Rio foram marcados por um alto índice de sequestros. O medo chegou à família de Branca. "Fui morar na Espanha por conta dessa onda de sequestros aqui. Quando eu era pequena, o nosso apartamento no Jardim Botânico foi invadido. Minha mãe deixou a família inteira aqui e levou os dois filhos para fora do país. Só voltei aos 16 anos. Fui criada na Espanha por isso e foi muito assustador", revela.

Momento de autoconhecimento

Também no elenco de 'Gênesis', novela da Record que ainda não voltou a ser gravada por conta da pandemia, Branca tem dedicado seu tempo para investir no autoconhecimento. Praticante de yoga, a atriz enxerga que uma evolução pessoal pode se refletir também numa evolução para toda sociedade. "O isolamento é um lugar de reconhecimento, de se reinventar. Também não é sempre que estou nesse lugar. Mas a humanidade tem sido indigesta para o planeta. Quem pode deve fazer o mergulho de olhar pra si, de reinventar essa existência nesse lugar. O normal já não era o possível, a gente já estava se jogando do precipício", explica Branca.

No intuito de dividir essa esperança, a atriz dá aula de yoga — com contribuição consciente — a pequenos grupos. "Eu opero muito no micro. Para ajudar um grupo de pessoas a conseguir esse mergulho interno, esse lugar de conexão e de agradecer à vida. É um movimento para que voltemos melhores, mais empáticos, mais generosos com o planeta. A minha rede é maravilhosa, me dá esperanças. Eu torço muito por nós e por essa humanidade", defende Branca, que também vê a arte como um veículo de cura e abertura de novas narrativas.

 

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