Bloco do Sargento Pimenta - Ilan Vale
Bloco do Sargento PimentaIlan Vale
Por Juliana Pimenta

Rio - Sem saber se vamos ter ou não Carnaval em 2021, o Bloco do Sargento Pimenta preparou um presente especial para os quarentenados. Amanhã, o grupo que faz sucesso cantando músicas dos Beatles com ritmos brasileiros se apresenta, às 21h, em uma live direto do palco do Teatro Riachuelo. A apresentação marca os 10 anos do bloco, que começou ainda pequeno nas ruas de Botafogo e hoje arrasta uma multidão de 500 mil pessoas no Aterro do Flamengo.

"Aconteceu alguma coisa depois de 2012, não sei se tem algo a ver com o calendário Maia ou o fim do mundo (risos)... Mas a impressão é que pulamos do nosso segundo Carnaval para o décimo em segundos! Vivemos muita coisa de lá para cá, mas realmente passou voando", brinca Lucas Sorriso, um dos diretores musicais do bloco.

A transmissão gratuita, via Youtube, é uma forma de acalmar os corações saudosos da folia, mas também traz uma mensagem importante. "Iremos trazer para o show o debate necessário sobre Setembro Amarelo, tendo como ponto de partida a música 'Help!', que foi feita por John Lennon em um período de depressão, mas que ganhou ares 'festivos' com as melodias e harmonias. Acreditamos no poder da arte e da música como ferramentas transformadoras nesse período e estamos ansiosos para mostrar o cuidado e o carinho que tivemos ao montar o nosso repertório e interações ao longo da transmissão", destaca Lucas, ansioso para esta primeira apresentação sem plateia.

Além disso, durante a transmissão, o coletivo pretende arrecadar doações para seus músicos e sua equipe técnica, a maior parte sem trabalho desde o início da pandemia. O evento vai abrir espaço para participações virtuais de artistas e, também, para depoimentos de especialistas sobre o Setembro Amarelo e de representantes de ONGs que realizam trabalhos artísticos em comunidades.

E o Carnaval?

Leandro Donner, que também é diretor musical do Sargento, defende que as festividades de Carnaval só aconteçam com segurança. "Estive pesquisando sobre o Carnaval de 1919, tido como um dos melhores do século passado. Aparentemente, a pandemia de gripe espanhola foi controlada às vésperas do Carnaval, o que permitiu que a farra momesca fosse das mais poderosas que o Rio de Janeiro — e o Brasil — conheceram. Já há cem anos, após a pandemia de gripe espanhola, se sabia que a realização do Carnaval, marco de nossa cultura, só era possível em segurança. Celebrar os dias de 'loucura saudável' que a data traz só faz sentido se o objetivo for poder retornar aos dias seguintes com saúde", argumenta o músico.

"Por sorte, naqueles tempos, o contágio foi contido a tempo dos festejos. Fica assim o Carnaval, importante para a vida pulsante da cidade, como torcida adicional para que as vacinas saiam a tempo e permitam as aglomerações que celebrem saúde, e não o medo", completa Leandro, otimista.

 

Agenda de lives
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Sexta-feira

Pedro Luís, às 20h - Facebook do Theatro Municipal de Niterói
Maiara e Maraísa, às 20h - Youtube
Pitty, às 21h - Twtich
Teresa Cristina, às 22h - Instagram

Sábado

Elza Soares, Seu Jorge e Agnes Nunes, às 20h - Youtube dos artistas e no Multishow
Teresa Cristina, às 22h - Instagram

Domingo

Orquestra Sinfônica de Heliópolis + Paula Lima, às 11h - Youtube do Instituto Bacarelli (Live gratuita, mas ingressos devem ser reservados na Sympla)
Simone, às 18h - Instagram
Homenagem a Tom Jobim por Fernanda Takai e Orquestra Ouro Preto, às 18h - Youtube da Orquestra
Teresa Cristina, às 22h - Instagram
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