Bárbara Labres
Bárbara LabresDivulgação
Por Nathalia Duarte
Neste ano, Bárbara Labres decidiu começar um projeto musical e ter um lançamento a cada mês. Desde então, já foram "Hoje É Rave" feat. Mc WM, “Dona do Rolê” feat. Morcego, “Quer Saber por Quê?” feat. Gabily e Rebecca e “Beat Gostosinho” feat. Flay, “Me Ama Mentindo” feat. Pelé Milflows e PL, “A Mãe Tá On”, "Desafio", com Sorriso Maroto e "Festinha Particular", com MC Don Juan. A mistura das batidas da DJ com diversos gêneros musicais caiu no gosto da galera e, juntos, os hits já contam com mais de 50 milhões de reproduções nas plataformas digitais.
Tudo começou quando a DJ quis lançar um hit para o Carnaval. Logo depois, a quarentena deu um empurrãozinho que faltava para Bárbara ir atrás de produzir mais músicas. "Estava chegando um momento da minha carreira que eu já estava fazendo muitos shows grandes, crescendo muito e eu sentia que para me tornar uma artista mais completa faltava fazer mais músicas. Três dias antes do Carnaval eu produzi 'Hoje é Rave', com o WM. Quando lancei e vi que a galera recebeu bem, me bateu essa vontade de lançar uma música por mês. Logo depois entrou a pandemia e foi onde eu vi que precisava me reinventar. Foi quando eu decidi engatar nos lançamentos", explica a DJ.
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Reunir tantos nomes de peso pode até parecer difícil, mas, segundo a DJ, na carreira dela, as coisas acontecem de forma bastante natural, assim como a recepção do público para os hits.
"Alguns artistas eu já seguia e já tinha conversado sobre fazermos algo juntos, como foi o caso do WM e do MC Don Juan. Outros, eu vi uma possibilidade e corri atrás, como foi com a Flay. A Flay eu vi no BBB e na hora pensei que deveria fazer uma música com ela. Mas é sempre tudo muito orgânico. Assim que eu lancei a primeira música, sem divulgação nem nada, as pessoas já receberam super bem. Eles já tinham essa expectativa em cima de mim porque eu já estava fazendo shows grandes. Eu sou uma artista independente, sem gravadora, então é tudo muito orgânico. Fico feliz de ver que as minhas coisas estão andando numa crescente e que a galera está curtindo o meu som", comemora.
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O começo da fama
Natural de Lajeado, no Sul do país, Bárbara jogou futebol dos 9 aos 19 anos, mas uma lesão a impediu de continuar o sonho. Foi quando ganhou um curso de DJ que a menina viu uma nova oportunidade nas mãos. Já no Rio de Janeiro, foi quando apareceu pela primeira vez no "The Voice", em 2016, que ela sentiu os primeiros sinais da fama crescendo. "Na época, eu tinha recém chegado de uma cidade do interior. Eu nunca quis ser famosa, só queria poder viver do meu trabalho. Conseguir me sustentar disso. Mas nunca deslumbrei. Logo depois do programa, meus seguidores aumentaram em 200 mil. Fiquei assustada. Pensei 'O que eu faço com isso?'. Pensei em encarar isso com sabedoria. Eu quero deixar um legado para as pessoas, inspirar pessoas, ser algo positivo. Então quanto mais visibilidade eu tenho, mas eu tento ser algo bom na vida das pessoas", explica.
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Uma DJ de funk
Ser DJ mulher já é um desafio por si só. Ser uma DJ, mulher e que toca funk faz com que barreiras ainda maiores sejam construídas. Mas, como uma garota que cresceu jogando futebol, Bárbara dá um belo drible em todos os preconceitos e chuta para longe qualquer tipo de machismo. "Fico muito feliz em ser um grande nome feminino entre os DJs. Foi muito difícil conquistar esse espaço, mas eu quero cada vez mais abrir portas e inspirar outras mulheres. O maior desafio é mostrar que eu to conquistando tudo por conta do meu trabalho e não por ser mulher, ou ter um rosto bonito. Mas sim porque me dedico, faço com amor, busco conhecimento. A falta de respeito, o machismo, eles existem, mas cada vez mais eu estou conseguindo me impor dentro do meio