"O documentário se chama 'Naldo, o filho da Maré'. É quase que um filme, mas é um documentário com episódios. É um presente que eu estou preparando para os meus fãs, para a galera que curte o meu som e entende a minha história. É onde eu mostro um pouco mais da minha vida e preparei com o maior carinho", garante Naldo.
Carreira na pandemia
Com 'Breeze', seu último álbum lançado em agosto, Naldo questiona a dificuldade para os artistas se manterem durante a pandemia. "Eu como mais um integrante desse grande grupo de sobreviventes da arte, que vive e depende da arte, torço muito para que a cultura volte e que tudo melhore. Eu vejo que o grande sacrificado, nesse momento, é a música, é a arte no geral. Quando o artista vai fazer show, ele não vai se divertir, é um trabalho. É óbvio que as pessoas têm que ter os cuidados, as medidas de segurança, o artista e a equipe também. Mas quando o cara está indo trabalhar, ele está levando emprego para uma porção de gente, que são os empregos indiretamente", alerta o cantor, que faz um paralelo com outros setores.
"Então volta tudo: volta cabeleireiro, restaurante, serviço de entrega, mas a arte nada! Quando alguém vê um show acontecendo, condena. Restaurante cheio não tem problema, mas quando tem música, alguém aponta um problema, um culpado. Mas as contas dessas pessoas que trabalham com música não param, e eles têm que pagar todo mês. Então a minha opinião é que a cultura volte com força total", pontua.
Cautela e precauções
Mas se engana quem pensa que Naldo não esteja preocupado com a doença. O cantor afirma que entende a gravidade, mas só não vê motivos para que os profissionais da músicas e diversos outros artistas sejam mais penalizados do que outras categorias. "Eu já peguei covid, minha mulher já pegou, muitas pessoas da minha família pegaram: meu pai, minhas irmãs, cunhado, maior galera. É óbvio que eu tenho a maior preocupação. Realmente, é um problema muito sério. Estou ansioso, assim como o mundo, pela vacina. Mas acho que há segundas intenções políticas em alguns momentos e o povo acaba pagando", destaca.
"Sou preocupado e cauteloso sobre a questão da covid até porque perdi amigos, perdi pessoas próximas, têm famílias sofrendo por isso. É inacreditável e lamentável todo esse momento. Oro e peço a Deus para que isso passe o mais rápido de uma vez por todas", completa.
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