Débora Falabella
Débora FalabellaStella Carvalho/Divulgação
Por Filipe Pavão*
Rio - Iniciar um novo trabalho, viajar e ir a uma festa são hábitos rotineiros, mas que podem gerar crises de ansiedade em Dani, personagem vivida por Débora Falabella no filme “Depois A Louca Sou Eu”, que estreou recentemente nos cinemas. Baseado no livro homônimo de Tati Bernardi, o longa é dirigido por Julia Rezende e conta a trajetória da personagem, que enfrenta seus dramas desde a infância, a partir de um recorte sensível. Yara de Novaes e Gustavo Vaz completam o elenco.
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“O filme é uma linda forma de você dizer para o outro que ele não está sozinho, que é normal sentir ansiedade, que ele precisa buscar ajuda para se tratar e se conhecer melhor. A gente vive em um mundo no qual as pessoas são cobradas por estarem bem o tempo todo, mas isso não é real. A gente precisa falar de maneira mais direta sobre esse assunto”, diz Débora.
Um dos pontos altos do filme é causar identificação nas pessoas, seja por recorrer ao humor ou pelas cenas “delicadas e muito verdadeiras” entre Dani e a mãe, Silvia, interpretada por Yara de Novaes. “O fato de ser um filme bem-humorado é muito interessante porque o humor sempre causa identificação e leva o público a pensar sobre essa capacidade de rir de si mesmo. Isso é importante para a gente ter um pouco mais de leveza em um mundo tão difícil e tão pesado”, conta.
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“A ansiedade é uma questão na vida dela, mas não é a questão principal. O filme conta a história da Dani por meio desse viés, mas ela é uma mulher que avança, que segue com a vida, que realiza seus desejos, que se realiza na profissão. Isso que é importante dizer. Que as pessoas passam por isso e está tudo bem. Destaco essa força de falar sobre, de lidar com a questão dela na própria profissão, pois ela escreve sobre ela. É uma santa válvula de escape, é onde ela se encontra com ela mesma, falando sobre ela”, diz Débora sobre a personagem.
A atriz, inclusive, revela que se identifica com algumas situações vividas pela personagem no filme, como iniciar um trabalho em outro estado. “A Dani é chamada para trabalhar no Rio. A gente tem que lidar com isso o tempo todo na nossa profissão. Muitas vezes, a gente vai realizar trabalhos em outros lugares, em condições diferentes, vai ficar afastado da nossa família. Isso gera ansiedade, mas é algo que eu já entendi que faz parte do meu trabalho e tento lidar da melhor forma. Lido com as minhas questões fazendo terapia”, revela.
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Na TV, no streaming e nas telonas
Débora não está somente nas telonas, mas também na reprise de “A Força do Querer”. Na novela das 21h, ela deu vida a malvada Irene, que é bem distinta do seu papel no cinema. “Elas são completamente diferentes e é bom deixar isso bem claro. A Irene, para mim, foi uma personagem que teve uma repercussão muito grande. Eu nunca tinha feito uma vilã como ela e me diverti muito. Hoje, eu vejo algumas cenas e me divirto novamente. Como atriz, tive muito prazer em fazer uma vilã tão absurda”, relembra.
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Mas não é só “A Força do Querer” que voltou às telinhas nos últimos meses. A atriz comemora a exibição de “Avenida Brasil” nas tardes da Globo em 2020 e a entrada de “O Clone” no catálogo do Globoplay. “É interessante ver trabalhos diferentes no ar, a partir de uma maneira mais distanciada. Nessa pandemia, eu tive essa oportunidade de me ver em várias épocas da minha vida e em diferentes atuações. Tenho gostado muito de assistir trabalhos que fiz anteriormente e, principalmente, ver a reação do público”, diz Débora, que atualmente grava a segunda temporada de “Aruanas”: “A Natalie está com uma história muito interessante e estou feliz de voltar a trabalhar neste momento difícil”.
* Estagiário sob supervisão de Tábata Uchoa