"Quando decidi fazer o Bruna Surfistinha briguei com meu marido na época, com a minha mãe, com as minhas empresárias, com a minha família, todo mundo era contra. A minha irmã, quando fiz a capa da Playboy, eu lembro, ela fazia faculdade e escondia as revistas e botava outras revistas por cima para não ver a irmã dela na capa da Playboy. Talvez meus irmãos sejam muito diferentes de mim. Eu sempre fui muito julgada em casa e fora de casa", disse.
"O que podia ser ferida nessa vida por ter esse comportamento, eu já fui. Comecei a ser pública muito jovem. Queria muito ter uma família, então me apaixonava perdidamente. Me apaixonei muito. Vivi muitas paixões. Fiz muito sexo, fui muito julgada e sofri horrores por causa disso. Fui capa de revista como a destruidora de lares sem nunca ter feito nada com aquele casal específico. Sofri muito por causa disso", continuou a mãe da Maria Flor, de 5 anos.
Deborah também relembrou que essa dificuldade de falar sobre sexualidade afeta a todos, especialmente mulheres que são rotuladas quando tentam quebrar o tabu.
"Sexo é um coisa que todo mundo faz. Depois que minha filha nasceu, isso ficou muito claro. A coisa mais incrível que eu fiz na minha vida foi sexo, que gerou um ser que nasceu, cresceu dentro de mim. Todo mundo que nasceu é fruto de sexo. Então me estranha muito que até hoje todo mundo que foi feito através de sexo, existiu através de sexo, procria através de sexo não fale sobre sexo. Até quando nós, mulheres, vamos ter que ficar oprimidas e acreditando que sexo só serve para procriarmos, sabe? Isso é muito opressor", opinou Deborah.