Zezé MottaDivulgação

O Dia 25 de Julho é uma data para trazer à memória de todos nós a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É um dia especial para relembrar a história de Tereza de Benguela. No Brasil, no dia 02 de junho de 2014, foi sancionada a Lei que institui o Dia da Mulher Negra, em homenagem à grande líder quilombola – fruto de intensa mobilização dos movimentos de mulheres negras brasileiras. Zezé Motta, ícone negro da cultura brasileira, promete não deixar a data passar despercebida. Neste 25 de julho, realiza às 17h o especial “Zezé Motta – Mulher Negra”, que será transmitido no canal L!Ke (530 da Claro - 500 da Claro NET), e pelo canal oficial do Teatro Bradesco no Youtube.


Na apresentação musical da atriz-cantora, músicas consagradas como “Magrelinha” de Luiz Melodia, e “Tigresa” de Caetano Veloso. Zezé vai estar acompanhada da maestrina Claudia Elizeu, e este ano uma novidade, seu pocket-show vai contar com a participação especial da jovem cantora Malía. 

A apresentação será de Luana Xavier - atriz, apresentadora, influenciadora digital e ativista em prol do povo preto -, e Rafaela Pinah - mulher trans negra, pesquisadora de tendências, colunista e diretora criativa do Coolhunter Favela. O especial trará ainda depoimentos de mulheres pretas como as atrizes Cris Vianna, Elisa Lucinda, Indira Nascimento, a cantora Iza, a escritora Conceição Evaristo, a filósofa Djamila Ribeiro e a ex-BBB Camilla de Lucas. A gravação vai acontecer no coração de Santa Teresa, em um dos lugares mais charmosos da Cidade Maravilhosa.

“É difícil fazer arte no Brasil, de um modo geral, mas para a mulher negra é mais difícil ainda. A minha questão sempre foi com a justiça. Vejo este especial como uma grande homenagem, elas são importantes porque significam o reconhecimento de uma batalha para construir uma carreira. Iniciar uma carreira em qualquer segmento é difícil e mantê-la é mais complicado, ainda mais com os conflitos que temos, sejam eles de gênero ou de cor. Quando as coisas começaram a dar certo pra mim, eu sempre me questionava, só que não possuía um discurso articulado, foi então que conheci Lélia Gonzalez, a partir daí ela virou minha guru, logo no primeiro dia que a conheci ela me disse: (Nós não temos tempo para lamúrias. Temos que arregaçar as mangas e virar esse jogo). E essa frase ficou definitiva na minha vida. Hoje não sofro com a discriminação racial, mas aproveito o espaço da mídia para denunciar, combater. E vejo isso como uma missão. Venho tentando virar esse jogo há mais de 50 anos”, afirma Zezé Motta.