Por thiago.antunes
Rio - A Grande Rio promete impressionar o público com muita sensualidade já no abre-alas do desfile sobre Maricá. A escola levará para a Sapucaí 26 mulheres de topless. A alegoria, que terá ainda outras 16 integrantes tocando piano para representar a cantora Maysa, é uma das apostas do carnavalesco Fabio Ricardo.
Grande Rio aposta no toplessAlice Fernandes / Divulgação

“Minha ideia é resgatar a essência dos antigos carnavais, quando era comum ver topless. Vi necessidade de mostrar nesse carro o momento em que Maysa levou o piano dela para Maricá, num período que ela estava renovando energias, recomeçando tudo, encarando tudo com mais leveza. Por isso, a liberdade dessas mulheres é válida. Mas levarei para Avenida sensualidade sem vulgaridade. Topless nunca chocou no Carnaval, e não será dessa vez que irá chocar”, conta. Maysa, que tinha casa na cidade, é o fio condutor do tema.

Filhas de Dona Neuma de volta

Filhas de Dona Neuma estão de volta à MangueiraFernando Azevedo / Divulgação

Um ano após terem suas alas cortadas pelo ex-presidente Ivo Meirelles por questões políticas, Guezinha e Chininha, filhas de Dona Neuma, estão de volta ao desfile da Mangueira.

“Desfilo desde os 5 anos e nunca tinha ficado de fora como em 2013. Quando minha ala foi cortada, resolvi viajar no Carnaval e passei 15 dias em Saquarema. Preferi não ver o desfile. Não torci contra e nem a favor, fiquei neutra. Curti de outro jeito, quietinha, tomando minha cervejinha. Achei até que não voltaria mais a mexer com ala, mas os amigos insistiram e estamos aí. Estou confiante na escola”, conta Chininha, que presidiu a verde e rosa em 2008 e 2009.

Aos 70 anos, ela estará no carro reservado aos baluartes ao lado da tia, Cecéia, de 90, irmã de Neuma. Guezinha lidera a ala ‘Au au au’. Já a irmã (na foto, à direita) comanda a tradicional ala das Mimosas, fundada em 1967.

Neta de Martinho estreia na Serie A
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Neta de Martinho da Vila, Dandara Ventapane, de 22 anos, vive a expectativa de estrear como primeira porta-bandeira da Rocinha, na Série A. Um ano após desfilar como terceira porta-bandeira da Vila Isabel, ela está preparada.

“Agora é quase tudo novo. Estamos trabalhando forte para ajudar a escola. Tenho que estar mais integrada com os segmentos e saber tudo do enredo. Quanto a ser julgada não vai ser tanta novidade, porque já desfilei em comissões de frente e fui avaliada. Mas agora a responsabilidade é bem maior, assim como a cobrança”, revela a filha de Analimar.

Neta de Martinho%2C Dandara estreia na Série AAlex Nunes / Divulgação

Professora de dança , a jovem se desdobra para conciliar suas atividades com os ensaios, que acontecem três vezes por semana. “Vou me dividindo. É pesado, mas dá. Tento sempre fazer tudo, porque meu objetivo maior é a arte. Não abro mão do Carnaval”, conta. O apoio do avô é total. “Ele (Martinho) sempre me deu a maior força. Sempre quer saber dos preparativos.”

Lierj quer DVD com sambas em 2015
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Presidente da Lierj, Déo Pessoa já pensa em lançar um DVD com os sambas das agremiações da Série A mostrando bastidores das gravações e depoimentos de carnavalescos. A ideia, que é inspirada no álbum feito pela Liesa este ano, deve ser implantada no Carnaval de 2015. “Hoje quase todo mundo consegue ver e ouvir DVD nos carros. Acho que seria melhor para as escolas lançarmos um único produto com os sambas”, explica.
Ícone do pagode%2C Jovelina Pérola Negra foi destaque da Ponte em 98Carlos Moraes / Agência O Dia

Após ficar fora do último desfile por causa de desentendimentos com a diretoria, a lendária porta-bandeira da Imperatriz, Maria Helena, voltará a brilhar em sua escola do coração. “Ela vai representar a Imperatriz. O resto é surpresa, só na Avenida. Aguardem”, avisa o carnavalesco Cahe Rodrigues. O tema da agremiação de Ramos é a carreira de Zico.

Jovelina eterna

Hoje é dia de lembrar da inesquecível Jovelina Pérola Negra (foto ao lado). Morta em 1998, aos 54 anos, a sambista foi homenageada na Unidos da Ponte naquele ano. O tema era sobre pagode e exaltava Jovelina, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e outros. A foto mostra a partideira no carro em sua última passagem pela Sapucaí, sete meses antes de sua morte.
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Com um enredo que exalta as favelas, a São Clemente quer reproduzir o dia a dia das comunidades. No carro 'Churrasco na Laje', a escola mostrará uma grande confraternização num barraco. Para isso, levará uma encenação onde os componentes vão comer carne de verdade.
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