
“Minha ideia é resgatar a essência dos antigos carnavais, quando era comum ver topless. Vi necessidade de mostrar nesse carro o momento em que Maysa levou o piano dela para Maricá, num período que ela estava renovando energias, recomeçando tudo, encarando tudo com mais leveza. Por isso, a liberdade dessas mulheres é válida. Mas levarei para Avenida sensualidade sem vulgaridade. Topless nunca chocou no Carnaval, e não será dessa vez que irá chocar”, conta. Maysa, que tinha casa na cidade, é o fio condutor do tema.
Filhas de Dona Neuma de volta

Um ano após terem suas alas cortadas pelo ex-presidente Ivo Meirelles por questões políticas, Guezinha e Chininha, filhas de Dona Neuma, estão de volta ao desfile da Mangueira.
“Desfilo desde os 5 anos e nunca tinha ficado de fora como em 2013. Quando minha ala foi cortada, resolvi viajar no Carnaval e passei 15 dias em Saquarema. Preferi não ver o desfile. Não torci contra e nem a favor, fiquei neutra. Curti de outro jeito, quietinha, tomando minha cervejinha. Achei até que não voltaria mais a mexer com ala, mas os amigos insistiram e estamos aí. Estou confiante na escola”, conta Chininha, que presidiu a verde e rosa em 2008 e 2009.
Aos 70 anos, ela estará no carro reservado aos baluartes ao lado da tia, Cecéia, de 90, irmã de Neuma. Guezinha lidera a ala ‘Au au au’. Já a irmã (na foto, à direita) comanda a tradicional ala das Mimosas, fundada em 1967.
“Agora é quase tudo novo. Estamos trabalhando forte para ajudar a escola. Tenho que estar mais integrada com os segmentos e saber tudo do enredo. Quanto a ser julgada não vai ser tanta novidade, porque já desfilei em comissões de frente e fui avaliada. Mas agora a responsabilidade é bem maior, assim como a cobrança”, revela a filha de Analimar.

Professora de dança , a jovem se desdobra para conciliar suas atividades com os ensaios, que acontecem três vezes por semana. “Vou me dividindo. É pesado, mas dá. Tento sempre fazer tudo, porque meu objetivo maior é a arte. Não abro mão do Carnaval”, conta. O apoio do avô é total. “Ele (Martinho) sempre me deu a maior força. Sempre quer saber dos preparativos.”

Após ficar fora do último desfile por causa de desentendimentos com a diretoria, a lendária porta-bandeira da Imperatriz, Maria Helena, voltará a brilhar em sua escola do coração. “Ela vai representar a Imperatriz. O resto é surpresa, só na Avenida. Aguardem”, avisa o carnavalesco Cahe Rodrigues. O tema da agremiação de Ramos é a carreira de Zico.
Jovelina eterna