Por bianca.lobianco
Rio - Calor, muito calor, sombra, amor e água fresca. Essa foi a receita da alegria de quem curtiu o bloco dos Timoneiros da Viola, em Madureira, na tarde de ontem. O clima de tranquilidade embalado pelo som da bateria e do trio elétrico fez com que foliões de diversas tribos, famílias e muitas crianças, literalmente, caíssem na gandaia.
A alta temperatura (o termômetro em frente ao shopping Madureira chegou a marcar 47°), não intimidou a festa. Se o calor era o problema, foliões improvisaram. Sacos de gelo na cabeça e na nuca, chuveirão e garrafinha de água na mão foram as soluções para não deixar de aproveitar a festa, que há cinco anos resgata o real carnaval suburbano com poesia e lirismo.

Além da arte de dançar, a arte romântica também entrou em cena e deu um show. Tiveram aqueles que pregaram o amor e outros, que no ritmo dos batuques, esbanjaram. Esse foi o caso do casal Ana Rezende e Bruno Lira, ambos moradores da Zona Sul, que aos beijos e abraços comemoravam mais um carnaval juntos.

"Nos conhecemos há dois anos nesse mesmo bloco, exatamente aqui, na praça Paulo da Portela. A troca de olhares instantânea fez com que estivéssemos até hoje comemorando", contou o folião.

Bateria segurou com perfeição a cadência de sambas inesquecíveisErnestto Carriço

A administradora Marta Pinheiro, de Honório Gurgel, Zona Norte, também não ficou de fora e, através da fantasia florida e com uma placa apelando por mais amor mundial, expôs seus votos para uma sociedade mais humanista.

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Para o presidente do bloco, Vagner Fernandes, a essência do carnaval é praticamente o calor, o povo e a alegria. “Entendemos que o verdadeiro carnaval tem que ser na rua”, disse.
Esse ano Paulinho da Viola não pôde participar. No entanto, os convidados especiais como artista Zé Renato, Nina Wirtti e Thaís Macedo prestaram uma homenagem a Zé Kétti.