Por gabriela.mattos
Rio - O Carnaval da curiosidade. É assim que a Grande Rio busca por seu primeiro título no Grupo Especial. A escola traz o enredo ‘Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei...’ A temática que aborda a história da cidade de Santos, no litoral paulista, seus personagens, acontecimentos históricos e influências, está sendo desenvolvida pelo carnavalesco Fábio Ricardo.

“Eu já tinha essa ideia há muito tempo, até por ter conhecido a cidade através do meu pai, que trabalhou muitos anos no Porto de Santos. Junto com meu historiador, Roberto Vilaronga, fomos para lá conhecer e estudar tudo. A escola comprou a ideia de falar da cidade, e ficou muito empolgada quando explanei a eles o que Santos poderia trazer para a Grande Rio”, explicou.

Muito empenho para finalizar fantasias e detalhes de alegorias para o desfile da escola de Caxias%2C a quarta a entrar na Avenida domingoDivulgação

Pelo terceiro ano da Tricolor de Caxias, Fábio mostra segurança na execução de seu projeto, além de muita dedicação e estudo, que levará ao público curiosidades para muitos desconhecidas.

“Em nossas pesquisas vimos que lá existe a Fonte do Itororó, que com o passar do tempo acabou virando tema de ciranda. Esse fato me remeteu ao meu lado infantil e fui pesquisar mais a respeito dessa lenda tão curiosa. Descobri que quem se banhava, ou bebia daquela água, se apaixonava e por ali ficava”, revelou.
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Entre outras curiosidades está a história do café. O grão não era plantado na cidade, somente comercializado. Mas até hoje a Bolsa do Café funciona em Santos, e o café de todo o país passa por lá antes de ser exportado.
Não menos interessante é a ligação de José Bonifácio com a cidade. Santista e figura decisiva na Independência do Brasil, ele possuía muita influência política, e quando Princesa Isabel assinou a abolição da escravatura, os negros de Santos já estavam livres.
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Fábio Ricardo revela que, mesmo em meio à crise, recebeu carta branca para desenvolver um grande Carnaval.
“Graças a Deus a Grande Rio sempre foi correta, e mesmo com a crise está honrando as responsabilidades. Essa carta branca me deu subsídio para colocar um carnaval diferenciado na Avenida”, promete o carnavalesco.
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Beija-Flor dá show no ensaio
A Beija-Flor encerrou no domingo o calendário dos ensaios técnicos para o Carnaval 2016. Atual campeã, a escola cruzou a Avenida mostrando a força da comunidade nilopolitana, aliado ao já tradicional trabalho de organização capitaneado pelo diretor de carnaval e harmonia, Laíla.
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Sem cometer erros durante sua passagem pela Marquês de Sapucaí, a escola teve como destaque os quesitos de harmonia e evolução. A Azul e Branca mostrou, mais uma vez, estar disposta a brigar pelo título no Carnaval.
Vale a pena ressaltar a apresentação do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Claudinho e Selminha Sorriso. A dupla, que completa 25 anos dançando juntos, realizou uma apresentação repleta de sincronia e cumplicidade.
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“Gostei bastante e o povo esteve feliz. Ensaio técnico é uma brincadeira séria. <MC0>A escola cumpriu o que propôs, então estou feliz. A escola veio bem e quando eu mudei a passada não alterou em nada. Então estou satisfeito”, elogiou Laíla, diretor de Carnaval.
Mocidade faz teste final em Padre Miguel
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A seis dias do seu desfile, a Mocidade Independente realizou ontem o último ensaio da temporada na Praça Guilherme da Silveira, em Bangu, contando com a maciça presença da comunidade.
Todos os segmentos participam do treino que aconteceu entre a Praça Guilherme da Silveira e o CIEP Mestre André, já no bairro de Padre Miguel.
A escola será a quinta a desfilar no domingo com o enredo “O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes. Sou Quixote cavaleiro, Pixote brasileiro”, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Édson Pereira.
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Reportagem Tatiana Perrota, do site Carnavalesco