Por gabriela.mattos

Rio - A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) divulgou nesta segunda-feira as justificativas dos julgadores para as notas do Carnaval 2016, vencido pela Mangueira, numa disputa polêmica e acirrada com o Salgueiro até o último quesito, Alegorias e Adereços.

A escola tijucana perdeu três décimos que lhe custaram o campeonato, devido ao apagão em seu carro abre-alas. O julgador João Niemeyer foi um dos que tiraram pontos da agremiação.

“O primeiro carro, Malandro no Palco, ficou sem energia no começo e assim foi até o fim”, justificou Niemeyer. Madson Oliveira foi mais um a tirar ponto da escola por este motivo, assim como Rebeca Kaiser e Walber Ângelo de Freitas.

“O carro abre-alas passou pelo módulo 2 com todos os seus spots, postes e candelabros apagados, enquanto o chafariz ficou aceso em toda a apresentação”, escreveu Madson Oliveira.

Outra grande polêmica do Carnaval se deu na Portela, com as notas perdidas pelo casal de mestre-sala e porta-bandeira Alex Marcelino e Daniele Nascimento, cuja apresentação foi prejudicada, no entendimento do público e também dos julgadores, pelo excesso de água utilizada pelo carnavalesco Paulo Barros no abre-alas.

“O casal não conseguiu dançar de forma descontraída, explorando o espaço. Tal dificuldade aparentemente foi provocada pelo piso molhado deixado pela comissão de frente após a sua exibição”, justificou a julgadora Beatriz Badejo.

A julgadora Mônica Barbosa teve o mesmo entendimento. “O casal se apresentou após uma arriscada ação da comissão de frente de jogar bastante água no chão. Infelizmente, o pavilhão bateu no mestre-sala”, explicou a julgadora na avaliação.

Curiosidades chamam a atenção

Tão polêmica quanto as notas, a divulgação das justificativas dos julgadores sempre dá pano para a manga entre os apaixonados por Carnaval.

O Salgueiro perdeu um décimo no quesito fantasia pelo fato de a julgadora Regina Oliva não ter gostado de ver a Vermelha e Branca da Tijuca com muito vermelho e branco na Avenida. A bateria da Beija-Flor, uma das mais elogiadas do ano pela cadência aliada à criatividade, foi punida por falta de paradinhas. Para Mauro Costa Júnior, o samba da Imperatriz, considerado o melhor do ano, teve uma “construção melódica morna”.

Colaborou Caio Barbosa

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