Rio - A resultado da apuração das notas do Grupo Especial, que sairá amanhã à tarde, pode ser o marco de uma revolução no Carnaval. Tudo depende das notas que a Beija-Flor receber. Se a escola, que inovou mais uma vez em sua concepção de desfile, for a grande campeã, uma nova era estará por vir.
A escola que nos anos 1970 chegou para ficar na elite dos desfiles graças ao gênio Joãosinho Trinta, nos desfiles de domingo propôs um novo formato de apresentação, sem alas. A ideia, no entanto, não foi sucesso absoluto entre os especialistas, que se dividiram em relação à mudança.
“Foi um estado de incorporação coletiva. Olhar isso do alto deu onda. É para 8 ou 80. E vai gerar polêmica por fim, se vencer ou perder”, disse o comentarista Fabio Fabato.
Para o especialista Luiz Antônio Simas, a escola fez o melhor desfile de domingo graças aos demais quesitos, não à novidade apresentada no desfile.
“A escola merece parabéns pela ousadia e pode até ganhar o Carnaval, mas para mim não muda nada: não vi qualquer sinal esteticamente poderoso de um novo caminho para as escolas de samba”, analisou.
O compositor portelense Luiz Carlos Máximo foi ao desfile de domingo e se surpreendeu. “A tribo da Beija-Flor matou a saudade dos Carnavais da evolução com alegria, regidos por um grande samba e bateria. Há muito tempo não curtia tanto um desfile. A escola de Nilópolis foi sensacional!”, exclamou o portelense.