Por bferreira

Rio - O Carnaval de 2017 transcorre em ritmo de crise, o que não basta para desanimar os foliões pelo país. Em Salvador, houve queda vertiginosa nas vendas de abadás e problemas em blocos tradicionais. Como alternativa, governo estadual e prefeitura buscaram patrocínio para ‘blocos sem corda’. Os gastos chegam a R$ 4 milhões.

Desfile de bonecos ao som do frevo animou a manhã de segunda-feira nas ladeiras de Olinda (PE). Sérgio Moro foi representado de ternoEFE

O tradicional Cheiro de Amor não desfilou desta vez. “Após décadas saindo nas ruas de Salvador, este ano, os blocos Cheiro e Yes se reservarão a um ano de descanso, motivado pela grave crise financeira que vivemos e as consequências dela”, afirmou o empresário Windson Silva.

Sobrou também para Claudia Leitte e Ivete Sangalo. O Cerveja e Cia, de Ivete, que sempre saiu três dias, este ano se limitou ao sábado. Ela reduziu, também, a programação do bloco Coruja. Já Claudia Leitte esteve só ontem no Bloco Largadinho — e repete a dose hoje. O Olodum só sairá dois dias, enquanto o Nana Banana e o Araketu ficaram de fora do circuito.

500 MIL ‘BAIANAS’

Em Olinda (PE), o desfile de bonecos gigantes atraiu milhares de moradores e visitantes para o Alto da Sé. Cerca de 80 bonecos desfilaram, representando figuras como Donald Trump e Sérgio Moro. O ausente foi Michel Temer. Os organizadores não retrataram o presidente porque temiam que as manifestações de repúdio pudessem provocar algum tumulto mais sério.

Em Belo Horizonte, o maior bloco local, os Baianas Ozadas, homenageou Moraes Moreira e atraiu 500 mil pessoas. Uma dissidência, o Havaianas Usadas, também desfilou.

Em São Paulo, o Esfarrapados, do bairro do Bixiga, fez o seu 70º desfile, atraindo muitas crianças e veteranos da folia.

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