Por thiago.antunes

Rio - Representantes da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) e da Liga das Escolas de Samba do Rio (Lierj) se reúnem com setores do Ministério Público do Rio, na tarde desta quinta-feira, para discutir medidas de segurança para o Carnaval 2018. Nos dois dias de desfiles do Grupo Especial, pelo menos 32 pessoas ficaram feridas. O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, chegou ao encontro com 52 minutos de atraso.

Em um dos acidentes, no domingo, as vítimas foram imprensadas em uma grade do setor 1 durante manobra de um carro do Paraíso do Tuiuti. O incidente deixou 20 feridos e duas pessoas em estado grave. Já no domingo, parte de uma alegoria da Unidos da Tijuca desabou e deixou 12 feridos.

Carro da Paraíso do Tuiuti bateu perto do setor 1 e 20 pessoas ficaram feridasReprodução TV Globo

Além de Castanheira, participaram do encontro a promotora Patrícia Vilella, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Cidadania, o promotor Márcio Guimarães, coordenador de Grandes Eventos do MP, Christiane Cavassa, promotora coordenadora do Centro de Apoio da Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania e Contribuinte, o sub-coordenador Sidney Rosa, o promotor Rafael Luiz Lemos, coordenador do Grupo de Apoio Técnico, o procurador do município Antônio Sá, o coronel Márcio Lemos, da diretoria de Diversão da Defesa Civil Estadual, Marcelo Alves, presidente da Riotur, Marlise Vasconcellos, do Conselho Regional de Engenharia (Crea), o delegado Fernando Albuquerque, da Polícia Civil, Carlos Augusto Azevedo, presidente do Inmetro e José Carlos Pereira de Almeida, diretor jurídico da Lierj.

Bombeiros socorreram feridos em carro da Unidos da TijucaErnesto Carriço / Agência O Dia

“Temos que pensar em protocolos para o ano que vem, mas a prioridade é definir o que será feito no sábado, quando acontece o desfile das campeãs. É preciso estipular a atuação em casos de emergência, como a evacuação das pessoas”, afirmou o promotor Márcio Guimarães, coordenador dos Grandes Eventos do Ministério Público estadual.

Para o promotor é preciso que os carros passem por inspeções e que durante os ensaios técnicos das escolas no ano quem vem sejam feitos exercícios de simulações em caso de acidentes. “As escolas precisam apresentar previamente os projetos dos carros. Não queremos impedir o espetáculo, mas apenas que seja feito com segurança”, esclareceu.

Procuradoria enviou ofício

A Procuradoria Geral do Município informou, na tarde desta quinta-feira, que enviou ofício à Liesa cobrando providências em relação aos acidentes ocorridos na Sapucaí. Leia o documento na íntegra:

"A Procuradoria Geral do Município (PGM) esclarece que enviou ofício à Liga Independe das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), cobrando providências em relação aos acidentes ocorridos no desfile do Grupo Especial 2017.

A Prefeitura exigiu a comprovação imediata da adoção de todas as medidas de segurança previamente exigidas pela legislação e órgãos competentes, bem como esclarecimentos sobre os fatos ocorridos e a assistência prestada às vítimas do acidente.

A prefeitura também determinou que a Liesa apresente a prévia vistoria e autorização do Corpo de Bombeiros, assim como a autorização dos órgãos técnicos especializados responsáveis pelas Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) em todas as estruturas montadas para evento, notadamente nos carros alegóricos das agremiações". 

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