Neguinho da Beija-FlorReprodução de internet

Rio - Neguinho da Beija-Flor já entrou no clima para o Carnaval 2023 e relembrou as dificuldades que enfrentou antes de iniciar sua trajetória com a escola de samba de Nilópolis. Nesta terça-feira, o cantor de 73 anos relembrou os episódios em que foi rejeitado por outras agremiações renomadas durante entrevista ao podcast "Bulldog Show", apresentado por Vivy Tenório e excepcionalmente por Pierri Carvalho.
"Eu queria ser de uma escola grande, aí fui na Mangueira e fui rejeitado, tinha muita gente… Então, fui dispensado, era um garoto muito novo, 21 anos. Aí fui levado pro Salgueiro, Noel Rosa de Oliveira me apresentou pro Osmar Valença, o presidente, cheguei lá e também: ‘não, não, quantos anos você tem? 21, aqui não’… Fui no Império Serrano, levado pelo Wilson Diabo, ‘não, aqui no Império Serrano também não'", contou o sambista, que estreou como puxador de samba em 1970 e ingressou na Beija-Flor de Nilópolis em 1975.
Em outro momento, Neguinho também celebrou a participação de Ludmilla como a segunda intéprete da Azul e Branco no desfile deste ano na Marquês de Sapucaí. "Eu sempre gostei de ter uma voz feminina, a Ludmilla hoje representa a nossa juventude negra, uma pessoa que vem da comunidade, é estouradíssima, um dos maiores sucessos, junto com a Anitta nesse segmento que ela faz, mas a Ludmilla é uma tremenda sambista", elogiou.
A Beija-Flor será a penúltima escola a cruzar a Avenida, no dia 20 de fevereiro, na segunda noite de desfiles do Grupo Especial. A agremiação levará o enredo "Brava Gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência", desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues. Uma das novidades para este ano é a estreia de Lorena Raissa como rainha de bateria, após vencer o concurso "Rainha da comunidade", assumindo o posto que foi de Raissa de Oliveira por 20 anos.