Unidos da Tijuca foi a quarta escola a se apresentar nesse primeiro dia de desfileReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Comandada por Sérgio Lobato, a comissão de frente retratou um balé das águas "regido" por Iemanjá, representada pela atriz Juliana Alves, ex-rainha de bateria da escola. Ao se apresentar para os jurados, o grupo encenou aspectos fundamentais da cultura baiana, como o samba de roda e a procissão para Iemanjá, no dia 2 de fevereiro. A exibição foi enriquecida pela nova iluminação da Avenida, que apagou parte dos holofotes das arquibancadas e concentrou as luzes somente nos integrantes, o que gerou um belo efeito cênico. A apresentação teve, ainda, outro grande momento, quando Juliana Alves foi suspensa numa plataforma, dando a impressão que flutuava pelas águas.


A bateria Pura Cadência, de mestre Casagrande, deu seu habitual show, arrebatando as arquibancadas. Para dar ainda mais um clima de Bahia na Sapucaí, o grupo trouxe ritmistas tocando timbais. A rainha de bateria esbanjou carisma e sintonia com a bateria.

Defendido pelo experiente Wantuir e sua filha, Wic Tavares, O samba-enredo proporcionou um bom desfile e empolgou, principalmente no refrão principal. O componente fez a sua parte, facilitando o trabalho da Harmonia.

O carnavalesco Jack Vasconcelos, em seu segundo ano na Tijuca, apostou em fantasias leves e de fácil leitura, muitas delas retratando a religiosidade e a cultura da Bahia. As alegorias, apesar de não trazerem luxo, ajudaram a contar o tema. O último e quinto carro, que representava um resumo da carnavalização das festas da Baía de Todos-os-Santos, passou pela Sapucaí com uma avaria na parte que simbolizava o Farol da Barra. O problema aconteceu devido a um choque com o viaduto, antes da entrada na Sapucaí.

Sem vencer desde 2014, a Unidos da Tijuca não fez um desfile para ser campeã, no entanto, deverá lutar por uma vaga no sábado das Campeãs.