Portela foi a segunda escola a desfilar no segundo dia do EspecialReginaldo Pimenta/Agencia O Dia
Um momento de grande tensão marcou o começo do desfile da Portela. A terceira alegoria, que representava os Carnavais de Guerra, nos anos 1940, apresentou problemas pouco antes de passar ela primeira cabine de jurados, em frente ao setor 2. Com isso, empurradores não conseguiram seguir com o carro, que chegou a bater na grade das frisas do setor 3.
A águia-símbolo veio grandiosa, com efeito sonoro tradicional imitando o grunido da ave, toda dourada e com coroa na cabeça, simbolizando a Majestade do Samba, como é conhecida a Portela.
A comissão de frente, sob o comando de Leo Senna e Kelly Siqueira, representou a inspiração que os fundadores da escola tiveram ao criar a água, a bandeira e as cores da Portela. Em frente ao primeiro jurado, o grupo foi ovacionado pelas arquibancadas. Já na segunda cabine, a encenação teve pequenas falhas de sintonia entre os integrantes. O primeiro casal Marlon e Lucinha Nobre, representando a nobreza do samba, esbanjou entrosamento.
A bateria de mestre Nilo Sérgio fez uma exibição arrebatadora, com diversas paradinhas e bossas. Já no setor 1 o público foi brindado com uma apresentação especial. A presença da rainha Bianca Monteiro e de majestades de anos anteriores, como Adriane Galisteu, Sheron Menezzes e Luiza Brunet, deixou a noite ainda mais especial.
O componente da Portela, acostumado a dar o sangue por sua escola, cantou o samba-enredo e mostrou garra, mas o problema ocasionado pela falha em Evolução acabou com a Harmonia.
O trabalho dos carnavalescos Renato Lage e Marcia Lage teve o mérito de reviver enredos e outros momentos da escola em grande estilo, com destaque para as alegorias e fantasias.
Sem vencer desde 2017, a Portela decepcionou na parte técnica e terá que torcer por erros das coirmãs para poder sonhar com o desfile das Campeãs.
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