Rio - Neguinho da Beija-Flor, o mais antigo puxador em atividade, desde 1976, disse estar emocionado em poder contar com a presença da cantora Ludmilla no desfile deste ano. Momento bastante aguardado, a parceria acontece após um convite inesperado do cantor.
"No ensaio técnico ficou confirmado que deu muito certo o meu convite. A Ludmilla é rainha da negritude. Assim como eu, desfavorecida e da comunidade. Ela foi muito bem recebida por toda a comunidade, isso é fato", disse.
O intérpete também contou que Ludmilla o faz lembrar bastante da sua irmã Tina, que morreu há oito anos. "Eu olho para ela e lembro muito da minha irmã, da luta dela. Infelizmente ela já nos deixou, mas sua garra não fica esquecida".
Há 47 anos no Carnaval, Neguinho garante que entrar na Sapucaí é como se fosse sempre a primeira vez: "Não tem como se acostumar, é sempre uma sensação inexplicável", contou.
Sendo a quinta a desfilar, a Beija-Flor de Nilópolis trouxe para a Avenida uma proposta diferente da convencional sobre a Independência do Brasil, nesta segunda-feira (20). Dando voz ao grito dos excluídos, a 'Soberana' propôs uma nova data para o Bicentenário da Independência, trazendo em seu enredo uma discussão sobre o verdadeiro protagonismo na libertação do país e um clamor por diversidade.
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