Rio - Pouco antes do incêndio que atingiu o segundo chassi do abre-alas da Beija-Flor, o carnavalesco Alexandre Louzada falou sobre estar apreensivo com o desfile, por conta da grandeza de componentes e alegorias que a escola preparou para entrar na Avenida.
"O coração está a mil, porque a escola vem imensa de tamanho, de carros, essas coisas. Então, cada coisa que passar aqui é uma agonia para a gente, porque a gente teve muito trabalho para fazer ela tão grandiosa quanto ela vem", revelou Louzada, que acabou acompanhando o início da passagem da agremiação na concentração.
Apesar do nervosismo, o carnavalesco se mostrou confiante de que a Azul e Branca de Nilópolis conseguirá passar pela Sapucaí e vai emocionar com o enredo "Brava Gente! O Grito dos Excluídos no Bicentenário da Independência".
"Considerando que tudo vai dar certo, podem esperar um grande espetáculo. Quem sou eu para não estar confiante, né? Já é uma satisfação muito grande quando você agrada a sua comunidade, então, acho que meu desejo é multiplicado pelo desejo de cada um. É muito robusta essa expectativa, esse desejo de mais um campeonato para a Beija-Flor", disse o carnavalesco.
A Beija-Flor de Nilópolis leva para a Avenida uma proposta sobre a Independência do Brasil diferente da convencional. Dando voz ao grito dos excluídos, a 'Soberana' propõe uma nova data para o Bicentenário da Independência, trazendo em seu enredo uma discussão sobre o verdadeiro protagonismo na libertação do país e um clamor por diversidade.
O enredo foca no dia 2 de julho de 1823, em que se celebra na Bahia a Independência do Brasil, diferentemente do restante do país, que comemora a conquista em 7 de setembro. A data aponta para a vitória das tropas brasileiras contra os portugueses em Salvador, após meses de violentas batalhas. A 'Soberana' irá remontar o protagonismo brasileiro no triunfo da grandeza do país.
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