Quadra da Imperatriz Leopoldinense, que se consagrou campeã do Carnaval 2023Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - Campeã do Grupo Especial do Carnaval 2023, a quadra da Imperatriz Leopoldinense, em Ramos, Zona Norte, foi tomada por euforia e muita comemoração nesta quarta-feira (22).

Após 22 anos de espera, a festa dos integrantes e torcedores contou com gritos de "É campeã" e com o enredo "O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida" na ponta da língua.

A comemoração do nono título começou antes da abertura dos envelopes com as notas dos jurados e foi crescendo a cada nota 10 dada à Verde, Branco e Ouro.


"Que momento! Que emoção! Eu sabia que um dia iria presenciar isso, ver a minha escola ser a grande campeã do Carnaval. Esse título foi muito merecido", disse Sônia Lima.

"Esse título representa muita coisa! A gente foi rebaixado e voltamos no ano passado, é muita emoção", disse Flávia Nagado, 46 anos, que chegou na escola há 10 anos, após um grupo de amigos a apresentar a Verde, Branco e Ouro.

Jorge Luis, membro da equipe de apoio da escola, também comentou sobre a espera de mais de duas décadas por essa festa. "A gente esperou muito por esse momento e ele chegou. A gente merece muito", celebrou.
Supercampeã nos anos 1990, a Imperatriz viveu anos complicados recentemente. O grande desfile deste ano comprova a volta por cima da escola: após a 10ª colocação em 2022, a agremiação celebra seu nono título.
Quarta a desfilar na Sapucaí, a Imperatriz teve um desempenho impecável. No retorno do carnavalesco Leandro Vieira, bicampeão com a Mangueira, a escola retratou o destino do Lampião após a sua morte. Virgulino teria sido rejeitado tanto no inferno quanto no céu, vagueando pela cultura nordestina.
Filha, netas e bisnetas do Rei do Cangaço estiveram na quadra da escola para a festa. "Um orgulho muito grande. É uma coisa que ninguém ainda tinha feito. Estou muito feliz", disse Expedida Ferreira Nunes, de 9 anos, filha do homenageado.