Thalita ZampirolliReginaldo Pimenta/Agência O Dia

Rio - Thalita Zampirolli não é mais a rainha de bateria da Unidos de Padre Miguel, campeã da série ouro do carnaval carioca em 2024. A saída da modelo do posto foi anunciada nesta quinta-feira (15), após dois anos. 
A diretoria da escola afirma que a decisão de nada tem relação com o fato dela morar fora do Brasil ou ser uma mulher trans, mas sim com uma estratégia de retomar às origens da agremiação, por meio de um concurso com moradoras da comunidade da Vila Vintém.
"A Unidos de Padre Miguel sempre foi uma escola que prezou pela sua comunidade, de dar oportunidade para meninas da comunidade. A rainha antecessora da Thalita era uma rainha da comunidade, ela reinou por 15 anos e aí a Thalita chegou até nós. Foi rainha em 2023 e 2024. Fez um belo trabalho, participou de tudo da melhor maneira possível, porque ela mora fora do país, mas a Unidos já tinha esse desejo de voltar a ter uma rainha da comunidade", a agremiação disse em nota para o O DIA.
"Independente do título ou não, essa ideia já vinha sendo amadurecida pela direção da escola. Então, independente se a escola fosse para o grupo especial ou não, já seria uma questão de voltar a ter uma rainha de comunidade, mas não há nada assim, nenhuma briga, nem nada disso. A Thalita é uma pessoa incrível, a comunidade gosta muito dela", garantiu.
Zampirolli foi a primeira mulher trans a desfilar no Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí. Antes dela, veio Eloína dos Leopardos, que ocupou o cargo em 1976, mas quando os desfiles não ocorriam no tradicional sambódromo. O DIA também entrou em contato com a assessoria de imprensa da modelo, que ainda não retornou para um pronunciamento oficial. Caso se pronuncie, essa nota será atualizada.