Bloco da Favorita embalou público com sucessos do funkLucas Cardoso / Agência O Dia
Rio - Com repertório focado em sucessos do funk, o Bloco da Favorita reuniu uma multidão na Rua Primeiro de Março, no Centro, na manhã deste sábado (22), apesar do sol forte e do intenso calor. O desfile, que começou por volta das 8h30, em direção à Avenida Antônio Carlos, teve como atrações os cantores Maneirinho, Bin, Borges, Puterrier, MC Andinho e PK Delas, além dos grupo Os Hawaianos e Marisa D’Amato.
O megabloco, que desfilou pela primeira vez em 2013, trouxe, ainda, diversos "musos" e musas, como Cris Vianna, Joaquim Lopes, Juan Paiva, Marcus Majella, Marcelo Mello Jr, Paloma Bernardi, Rapha Logan e Sheron Menezzes.
"É uma honra poder proporcionar alegria para os foliões cariocas. O Bloco da Favorita é um espaço de muita curtição e música boa, onde você pode se jogar e ser feliz com tudo que tem direito. Sou apaixonada por essa cidade e esse bloco simboliza todo meu amor e carinho", exaltou a promoter Carol Sampaio, criadora do bloco.
"É uma honra poder proporcionar alegria para os foliões cariocas. O Bloco da Favorita é um espaço de muita curtição e música boa, onde você pode se jogar e ser feliz com tudo que tem direito. Sou apaixonada por essa cidade e esse bloco simboliza todo meu amor e carinho", exaltou a promoter Carol Sampaio, criadora do bloco.
Na expectativa pelas atrações, o público chegou cedo para guardar um lugar mais próximo do trio elétrico onde ficavam os cantores e artistas. Colados com o trio, os amigos Manuela Gomes, 36, da ilha do Governador, Fábio Souza, 28, de Nova Iguaçu, na Baixada, e Thayse Valadão, 29, de São Gonçalo, na Região Metropolitana, foram alguns dos primeiros a marcarem presença.
"A parte boa do bloco é agora. Nesse início, ainda dá para tirar foto tranquilo, sem ninguém te empurrando nem nada. Depois fica difícil até para respirar. Você não anda, acaba sendo levado pela multidão", brincou Manuela.
Os amigos comentaram sobre a escolha da fantasia e como, nesse calor, a decisão tem que ser sempre pelo que é mais prático e confortável: "Só joguei brilho em tudo, coloquei esse cabelo para não ter que pentear e dar menos trabalho. A produção foi basicamente essa, o que deve evitar o sofrimento com o calor", comentou a moradora da Zona Norte.
A estudante Jéssica de Jesus, de 18 anos, escolheu uma fantasia mais produzida, mas decidiu fazer adaptações por conta do clima. "Eu montei essa fantasia de chapeleiro maluco para o Hallowen do ano passado, mas como ficou muito legal, decidi aproveitar. Mas fiz algumas mudanças, como a troca da saia por um short por conta do calor", explicou a moradora de Nova Iguaçu, que estava acompanhada dos amigos Jhony Dias, 19, Bianca dos Santos, 19, Irlan Lucas, 19, e Isabele Azevedo, 19.
Empolgada com a folia, a idosa Lea Ferreira, de 81 anos, comentou que vê o Carnaval como uma espécie de maratona, só que sem corrida. "Eu sempre que posso venho para os blocos do Centro. É minha maratona de carnaval", contou a moradora do Centro, que disse ter começado a aproveitar o carnaval e praticar esportes aos 70 anos, após perder seu filho. "Agora já tenho mais de 65 medalhas. Participei em dezembro da São Silvestre, em São Paulo", lembrou.
A chegada ao bloco contou com esquema de segurança reforçado, com bloqueios da Polícia Militar em todas as ruas de acesso à Rua Primeiro de Março, assim como na Avenida Presidente Antônio Carlos. Nos pontos, foliões passavam por revista e detectores de metais.
"É melhor assim, porque a gente sabe que muita coisa pode acontecer, então toda medida de prevenção é bem vinda. Sempre que trabalhamos assim procuramos ficar perto da PM", disse o ambulante, Augusto Cesar, de 44 anos, que trabalha ao lado da esposa, Joseane Oliveira, de 40. Os dois atuam como ambulantes no Carnaval desde 2013.
"A gente costuma fazer do período de Carnaval um extra. Sempre usamos esse recurso para fazer alguma coisa na nossa casa. Nesse ano, a renda que conseguimos aqui vai ser usada para colocar um telhado no terraço", contou Joseane. O casal mora no Parque Colúmbia, Zona Norte.
Para Camila Silcon, 31, de Bonsucesso, o bloco é uma oportunidade de voltar a ter uma renda. "Estou desempregada, então estou aqui pela primeira vez para fazer uma renda. Minha proposta é vender lanches que alimentem e sejam saudáveis, porque tem muita gente que só foca em beber e esquece de se alimentar", avaliou.
Segundo ela, quando sai para curtir os bloquinhos, os lanches naturais são difíceis de se encontrar. "Geralmente só tem opção de coisas gordurosas", disse.
Cortejos por toda a cidade cidade
Neste sábado, além do da Favorita, desfilaram pelas ruas da cidade outros 54 blocos, incluindo tradicionais Céu na Terra, em Santa Teresa, que homenageou Rita Lee, e o Simpatia é Quase Amor, em Ipanema. No Bloco Estratégia, no Largo de São Francisco, no Centro, houve um "beijaço", convocado pelos organizadores.
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