Rio - Rafael Portugal e sua esposa, Vanelli Portugal, foram uma das vítimas do caso conhecido como Faraó dos Bitcoins, diz o colunista Leo Dias, do site Metrópoles. O casal investiu mais de R$ 1 milhão na empresa GAS Consultoria Bitcoin, que dizia fazer investimento na criptomoeda, mas, na verdade, fazia um esquema de pirâmide, descoberto pela Operação Kryptus da Polícia Federal.
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No total, entre agosto de 2020 e março de 2021, o casal investiu mais de R$ 1,2 milhão na empresa, em valores atualizados. Os contratos possuíam cláusula que garantia o repasse de 10% do lucro ao casal mensalmente, segundo o colunista. O humorista e sua esposa entraram na Justiça contra a empresa situada em Cabo Frio, na Região dos Lagos, a fim de receber o valor investido de volta.
Prints, que foram incluídos no processo judicial, mostram que Vanelli fala com um funcionário da empresa por WhatsApp em setembro de 2021. Ela solicita a devolução do dinheiro investido, mas a pessoa diz que a empresa estaria “tentando desbloquear pelo menos parte dos 38 bilhões em juízo para quitar todos os contratos”. No processo, o casal pede urgência na devolução do investimento.
Entenda o caso Faraó dos Bitcoins
Rafael e Vanelli Portugal não foram as únicos vítimas a cair no golpe. De acordo com inquérito da Polícia Federal, por meio da Operação Kryptos, que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, ex-garçom conhecido em Cabo Frio como "Rei dos Bitcoins", por montar o esquema de pirâmide envolvendo criptomoeadas. Com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal, desde o dia 25 de agosto, o esquema começou a ser desmontado.
As investigações sobre Glaidson e seus cúmplices começaram no dia 28 de abril, quando agentes da Polícia Federal apreenderam R$ 7 milhões dentro de um helicóptero em Armação dos Búzios com destino a São Paulo. O dinheiro estava dentro da aeronave com Glaidson e a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, mulher e sócia dele, que fugiu para os Estados Unidos. O casal embarcava com três malas, onde o dinheiro foi encontrado.
Depois da prisão do ex-garçom, a PF descobriu cerca de R$ 15,3 milhões em dinheiro vivo. Ele teria movimentado, em seis anos, cerca de R$ 38 bilhões. A polícia desvendou ainda que o preso é ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e que fez inúmeras doações para a entidade religiosa. Ainda segundo levantamento da Receita Federal, as transferências do acusado à Iurd foram de aproximadamente R$ 29 milhões entre 2018 e 2020. A igreja, porém, confirma ter recebido valores ainda mais altos, de R$ 72,3 milhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de julho de 2021.
Em 2019, com 28 anos, revelou a venda de imóvel de R$ 20 milhões. Entre seus clientes estão os atores como Bruno Gagliasso, Eri Johnson e Kadu Moliterno, as atrizes Nivea Stelmann, Rayanne Morais e Juliana Kieling, além da cantora Preta Gil e os jogadores de futebol, Nenê, Henrique Dourado e Giovanni Augusto.
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