Glória Perez dá seu depoimento sobre a morte da filha no documentário ’Pacto Brutal’Divulgação / HBO
Gloria Perez critica soltura Monique Medeiros: 'Dói na alma'
Professora é ré no caso do homicídio triplamente qualificado de seu filho, Henry Borel, que tinha 4 anos quando foi morto, em março de 2021
Rio - A autora Gloria Perez, de 73 anos, usou o Instagram na madrugada desta terça-feira para demonstrar sua indignação com o fato de a professora Monique Medeiros, de 32, ter deixado a prisão na última segunda-feira. Monique estava presa no Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde o final de junho. Ao lado do ex-companheiro, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Junior, o Dr. Jairinho, ela é ré no caso do assassinato do próprio filho, Henry Borel, que tinha apenas 4 anos quando foi morto, em março do ano passado.
"Um juiz revogou a prisão preventiva e mandou soltar Monique. Toda a minha solidariedade ao Leniel Borel. Dói, dói na alma ver a acusada livre, leve e solta, enquanto o pequeno Henry nunca mais voltará pra casa. Está morto", escreveu Gloria Perez nas redes sociais, fazendo referência ao alvará de soltura assinado pelo juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), e ao pai de Henry Borel, Leniel.
Gloria Perez é conhecida por comentar crimes violentos e questionar as leis brasileiras que, segundo ela, muitas vezes acabam favorecendo os acusados. "Quanto mais violentos são os crimes, mais benevolentes são as nossas leis penais", disse a escritora certa vez em entrevista à BBC News.
Em dezembro de 1992, Daniella Perez, filha da autora, foi brutalmente assassinada por Guilherme de Pádua e sua então mulher, Paula Thomaz, que atualmente mudou seu nome para Paula Nogueira Peixoto. Daniella tinha 22 anos e brilhava como a personagem Yasmin na novela "Alma Gêmea", de autoria de sua mãe, na TV Globo. A atriz fazia par romântico com Guilherme de Pádua, que interpretava o Bira.
Na época do crime, Guilherme estava insatisfeito com os rumos de seu personagem e assediava Daniella para que ela falasse com a mãe sobre o assunto. Em entrevista ao documentário "Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez", Gloria Perez afirmou que a morte de sua filha foi motivada por "ganância" e também como uma "afronta" direta a ela.
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