Rio - Após a polêmica envolvendo o ex-BBB Matteus, que é acusado de fraudar sua entrada na faculdade em 2014 por meio da Lei de Cotas ao se autodeclarar preto, Gil do Vigor gravou um vídeo sobre o assunto sem citar nomes.
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"Refletindo sobre esse assunto que é a questão das cotas, que me machua muito, é um ponto muito sensível para mim porque eu como um jovem pobre, que vim de uma realidade totalmente desigual, que entende a desigualdade do ensino público para o ensino privado e de que forma algumas pessoas tentam se apropriar de fato do sistema de cotas. Eu não estou falando de caso de A ou B, não venham me infernizar não, estou falando que, em geral, infelizmente no nosso país as pessoas utilizam de um artifício para se beneficiarem", iniciou o pernambucano no Instagram, nesta sexta-feira (14).
Formado em Economia, ele disse que o sistema de cotas não é um facilitador para acesso às universidades públicas. "É um sistema que foi implementado para resolver um problema de desigualdade, para tentar reduzir e minimizar um problema que é de base", completou.
No X, antigo Twitter, Gil desabafou sobre os ataques de fãs de Matteus. "Agora pronto… Não posso falar sobre educação pois as pessoas se doem. Deixa eu esclarecer algo: Não cito e nem citarei nomes pois NÃO CABE A MIM mas temas que cabem A MIM, eu sempre pontuarei sim. Aprendam que seres humanos erram e através destes momentos, precisamos levantar tais pautas e debater. É isso!", escreveu.
Entenda a polêmica com Matteus do BBB 24
Matteus, de 27 anos, se pronunciou, através do Stories no Instagram, sobre a polêmica de fraude de cotas nesta sexta-feira (14). Segundo nota do Instituto Federal Farroupilha, o ex-participante do BBB 24 teria ingressado na faculdade em 2014 por meio da Lei de Cotas ao se autodeclarar preto. Na época, o único documento exigido para comprovação de etnia era uma declaração feita pelo próprio aluno.
O vice-campeão do "BBB24" alegou que foi ele que realizou a inscrição e pediu desculpas pelo transtorno. "Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha sob a modalidade de cotas para pessoas negras. Esta nota tem como objetivo esclarecer as circunstâncias dessa inscrição e expressar minha posição a respeito", iniciou.
"A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil", continuou.
"Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção", garantiu.
"Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso continuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido", finalizou.
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