Empresário de Claudia Leitte diz que cantora bloqueou Ivete SangaloReprodução / Instagram

Rio - Treta no mundo do axé! Depois de Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixarem de se seguir nas redes sociais, Fábio Almeida, empresário da cantora carioca, revelou que a cliente tomou a decisão de bloquear a dona do hit "Macetando". No entanto, ele negou os boatos de que as duas teriam discutido por ligação.

"Não houve essa ligação. Não houve nenhum contato telefônico entre as duas. Tudo se deu muito no âmbito do desenrolar dessas questões relacionadas ao tipo de movimento que Ivete fez. Como isso vem crescendo, foi uma opção de Claudia bloquear Ivete. Defendo os interesses de Claudia, mas nunca aconteceu isso [a ligação]. A narrativa aí está como Ivete [sendo] a dona da palavra que bate o telefone na cara dos outros", disse Fábio ao portal BNews, nesta quinta-feira (9). Vale lembrar que ele já foi empresário e sócio da própria Ivete por 12 anos.
Entenda

O desentendimento aconteceu após Claudia Leitte retirar "Iemanjá" da música "Caranguejo" e ser acusada de intolerância religiosa. Em um show de pré-Réveillon em dezembro, ao invés de cantar "saudando a minha rainha Iemanjá" a artista falou "eu canto meu Yeshua", que para algumas religiões cristãs é o nome de Jesus. A atitude foi bastante criticada, além de ser alvo do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que começou a investigar se a cantora praticou racismo religioso.

Após a polêmica, o secretário de Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, se manifestou no Instagram, mas sem citar nomes. Ivete curtiu a publicação, o que teria reforçado o incômodo com a atitude da loira. "A celebração dos 40 Anos do Axé-Music é muito bem-vinda, é necessária e pertinente. Contudo, ela não pode vir sem também trazer junto algum pensamento crítico. Importante botar as coisas no seu devido lugar antes de começar o oba oba. Temos a oportunidade de seguir em frente, corrigir percursos, fazendo o melhor e o justo. Viva o Axé", iniciou Tourinho.

Claudia Leitte se manifestou, alegando que de seu "lugar de privilégios, racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade, não de forma tão superficial". A cantora já havia sido criticada pela troca há alguns anos e repetiu a mudança.

Sem falar diretamente o de Claudia Leitte, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a cantora Daniela Mercury também se pronunciaram. Durante o evento Pôr do Som, em Salvador, criado pela cantora, elas pediram respeito às religiões de matriz africana.

Apesar das críticas, Carlinhos Brown defendeu a cantora. Em entrevista, o músico afirmou que "Claudia Leitte não é uma pessoa racista" e que a interpretação da mudança deveria ser feita com mais compreensão. Além disso, lembrou que nas tradições de matriz africana, Yeshua pode ser associado a Oxalá, que, segundo o candomblé, é o marido de Iemanjá.