Rio - Uma das novidades mais comentadas desta edição do Rock in Rio é o Espaço Favela. É lá que acontecem, todos os dias do festival, as apresentações da companhia Nós do Morro. O show do grupo no Rock in Rio tem como diretores Guti Fraga, Fátima Domingues e Johayne Hildefonso.
Na sexta-feira, um vídeo de um ensaio do espetáculo viralizou na internet por conta do som de helicópteros na apresentação. A sonoplastia logo foi relacionada com as operações da polícia nas comunidades. Os diretores do espetáculo, no entanto, negam que esta tenha sido a intenção.
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"Não entendi esses comentários que espalharam. Muita gente falou do que não viu. Durante segundos, da nossa apresentação de 40 minutos, tinha o som de helicóptero como trilha para uma bela dança de uma bailarina com um artista cadeirante. Não entendo qual o problema disso. Nem dá pra dizer que entenderam errado, poprque não viram. Como a coisa não foi compreendida tiramos o som", lamentou.
"O espetáculo também foi montado com uma pesquisa de sons que a favela produz. O cotidiano da favela tem muitos sons. O do helicóptero, inacreditavelmente, está no nosso dia a dia. No espetáculo a gente também usa a arte para expulsar os ruídos ruins, respondemos com arte a violência. Não vejo como essa manifestação pode ser ofensiva", completou Fátima Rodrigues.
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Com a chuva deste sábado, algumas performances precisaram ser adaptadas. "Tiramos do espetáculo alguns trechos com exibições de circo e Le Parkour. Por uma questão de segurança dos artistas. Mas a felicidade e vontade são tão grandes que a chuva nem chega perto de atrapalhar. É como se fosse a força da natureza batizando nossa celebração", garantiu a diretora.
