Mário Gomes em entrevista ao Domingo EspetacularReprodução de vídeo

Rio - Mário Gomes, de 71 anos, concedeu uma entrevista ao "Domingo Espetacular", da Record, e falou sobre a mudança de vida depois de ser despejado, em setembro, da mansão onde vivia com a família, em um condomínio da Joatinga, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O imóvel foi a leilão devido a dívidas trabalhistas de uma antiga confecção do artista no Paraná e arrematado por aproximadamente R$ 720 mil.
Mário lamentou: "Não tem preço. Não venderia de forma alguma. Já tinha programado minhas cinzas para jogar por ali. Era o meu lugar. Morava desde garoto. É minha área". Na entrevista, ele acusou o advogado que o defendeu na época. "Achei o valor muito baixo, R$ 1,5 milhão. Só o terreno vale R$ 5 milhões. Tem uma estrutura em cima. Naquela época...Dei uma ligada para ele. (Ele disse): 'Não tem problema, a casa é sua. Você mora nela'. Eu assinei. Quando descobri toda trama dele, me aborreci".
O artista admitiu que não pagava o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) há alguns anos devido ao impasse judicial. "A partir do momento que eu não sabia mais que a casa não era mais minha.. Não é mais minha casa, vou pagar IPTU?". 
Atualmente, Gomes diz que vive em "um sobradinho charmoso". "O nosso ninho de amor", brincou. "Está gostoso, não tem mistério nenhum. A gente ajeitou esse lugar, de forma bem improvidada, mas está satisfatório, o problema é que é um pouco pequeno", completou.
Por fim, Mário falou sobre as lembranças do passado. "Já chorei várias vezes por causa disso, a casa era muito importante. Era meu sonho de vida. É muito forte. Mas não perdi tudo, porque eu tenho minha qualidade, meus trabalhos, as coisas que eu faço, estamos aí. Eu tenho boas coisas pela frente, vocês vão ver", destacou ele, que tem apostado na música.
Mansão infestada de ratos
A reportagem também mostrou o estado da mansão que era de Mário Gomes. Segundo uma vistoria feita em outubro, o imóvel tem problemas estruturais. O último andar da casa, por exemplo, não pode ser utilizado, já que não há escada. O dono da empresa de limpeza responsável pelo local lamentou as condições da mansão. "Quantidade de sujeira, de ratos", comentou Anderson Bragança. "A gente conseguiu tirar daqui em torno de seis caminhões de lixo, entre entulhos e coisas velhas. Por conta de mosquito da dengue, a gente já tratou a água (da piscina) por causa do foco".  
Mário diz ter feito melhorias no local. "A gente fez algumas obras, mas não adianta a gente fazer obra sem saber que a casa é nossa”, pontuou.