Juliano Cazarré com a esposa Letícia e a filha Guilhermina hospitalizadaReprodução Internet
"Estamos em casa!! Maria Guilhermina de Guadalupe, sua vida é toda um milagre! Obrigada, Deus! Obrigada a cada médico, técnicas de enfermagem, mães da uti, amigos e familiares, vocês foram a montanha que nos elevou ao longo dos últimos 7 meses e nos fizeram enxergar mais longe, um horizonte que só os olhos do coração poderiam ver! Obrigada, minha Nossa Senhora de Guadalupe", concluiu Letícia.
Abaixo, a cardiopediatra da Ipanema Health Club Marcela Castro Giffoni explica o quadro.
“A anomalia de Ebstein é uma cardiopatia congênita rara, que acontece em cerca de 1 a cada 20 mil recém-nascidos. Consiste na malformação na valva tricúspide, que é a valva responsável por conduzir o sangue venoso do átrio direto para o ventrículo direito, onde o sangue é ejetado para o pulmão para ser oxigenado. Essa cardiopatia pode se apresentar em vários graus, de acordo com o nível de alteração na valva, que é variável de um caso para o outro.
A forma neonatal é a mais grave, pois pode causar alteração na circulação desde a vida fetal, quando o bebê ainda está na barriga da mãe. Esses bebês precisarão de cirurgias precoces, o que aumenta mais a gravidade do quadro.
Existem alguns fatores que podem dificultar ainda mais a recuperação do bebê, como prematuridade, presença de outras cardiopatias congênitas associadas , síndromes e baixo peso ao nascer.
Sempre é delicado realizar cirurgia cardíaca em um bebê, pela fragilidade e tamanho pequeno do seu coração. Internações prolongadas também aumentam a chance do bebê ter alguma infecção, fora o estresse da hospitalização, sentida, também, pelos bebês.
Todas as crianças que possuem anomalia de Ebstein devem ter acompanhamento cardíaco por toda a vida”, explica a cardiopediatra da Ipanema Health Club Marcela Castro Giffoni.
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