Julia Almeida em 'Tempo de Amar' - Globo/ Marília Cabral
Julia Almeida em 'Tempo de Amar'Globo/ Marília Cabral
Por BRUNNA CONDINI

Rio - Júlia Almeida, no ar como Eva em 'Tempo de Amar', voltou às novelas após seis anos, a convite do diretor Jayme Monjardim. Morando em Londres desde 2013, a atriz diz que o chamado para sua primeira novela de época foi irrecusável. "É um produto muito bem cuidado, e a Eva me atraiu", frisa Júlia sobre a chapeleira que também veio de Londres e se tornou amiga de Hermínia (Marisa Orth).

A atriz buscou inspiração em grandes nomes da moda e do cinema para viver a personagem. "Me inspirei em Coco Chanel (estilista francesa), e nas atrizes Greta Garbo e Lauren Bacall, por terem um estilo clássico", revela.

Ela conta que se identifica com Eva na sua principal característica, a resiliência: "Como ela, renasço das próprias cinzas (risos). Sei que é cafona, mas é verdade", diverte-se, falando da personagem que foi abandonada pelo ex-amante, Teodoro (Henri Castelli), em Londres e veio para o Brasil reconstruir sua vida, também com a missão de levar a notícia sobre a morte da filha da Madame Lucerne (Regina Duarte), que era sua amiga.

OUTRAS ATIVIDADES

Júlia foi para Londres, para onde volta no fim de março, porque queria estudar e expandir suas possibilidades. De lá, inclusive, toca sua marca de moda praia sustentável, a Florita, que lança em abril.

"Lá, meus dias são geralmente em torno das funções da Florita. Fora trabalho, gosto de ir ao cinema, ir a exposições e fazer caminhadas com meu marido pela cidade no fim de semana", conta ela, referindo-se ao produtor de fotografia inglês Sebastian Bailey. "Nos conhecemos no Rio. Estamos casados há quatro anos e juntos há sete".

Trabalhando com o projeto da marca de beachwear há três anos, a carioca fala com orgulho da criação. "É uma marca que incentiva o consumo consciente e a consciência em relação ao plástico, que está acabando com nossos oceanos", comenta. "Por enquanto, as vendas serão só online. Os nossos trajes de praia são sustentáveis e produzidos eticamente sob condições de trabalho justo no Brasil", completa.

DE BEM COM A VIDA

Mesmo amando a vida na capital inglesa e vindo sempre ao Rio, ela não descarta uma volta por um período maior ao Brasil. "Voltaria para fazer uma novela inteira", diz.

Aos 35 anos, bem-resolvida e declaradamente de bem com a vida, Júlia, agora loura, fala sobre as marcas de nascença que possui no pescoço e no braço. "Posso dizer que sou uma mulher muito feliz na minha própria pele. Mas foi um processo, um aprendizado que me ensinou muito, e sou grata por ter passado por ele", diz.

"Uma pessoa bonita é alguém que identifica e aceita suas vulnerabilidades sem medo. Quando você se aceita de verdade, existe sempre espaço para o crescimento, para a melhora. Como é uma mudança que vem de dentro, quando esta transformação acontece de verdade, acaba tornando a pessoa mais bonita. Para mim, beleza é isto", finaliza.

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