O Festival Mulheres Tatuadoras acontece nos dias 6 e 7, no Centro - fotos Divulgação
O Festival Mulheres Tatuadoras acontece nos dias 6 e 7, no Centrofotos Divulgação
Por Gabriel Sobreira

A tatuadora Lis Mainá (@tatuadona no Instagram), de 31 anos, nunca gostou da ideia de estúdios geridos por homens que colocam mulheres em posição de inferioridade ou mesmo sendo obrigadas a ouvir comentários desrespeitosos. A artista buscou algumas amigas, e assim nasceu o Festival Mulheres Tatuadoras (@festival.mulherestatuadoras), que chega à sua quinta edição, com 12 tatuadoras participantes, nos dias 6 e 7 de abril, das 10h às 20h. Pela primeira vez, o evento acontece na Casa xoTTTa (Rua Frei Caneca 54, sobrado, no Centro), um estúdio construído e gerido só por mulheres com intuito de fortalecer o trabalho e valorizar os talentos femininos.

"Todas as pessoas são bem-vindas, é uma iniciativa superinclusiva independentemente de gênero", defende Lis, que também faz a curadoria das tatuadoras participantes. "Damos prioridade para meninas de diferentes estilos, vindas de lugares variados, tempo de profissão e origem, entre outros fatores", conta.

O evento, que antes era realizado na casa da tatuadora, no Riachuelo, na Zona Norte do Rio, oferece um espaço para as mamães, que querem uma tatuagem, deixarem suas crianças se divertindo em uma área dedicada aos pequenos. "Para mim, como mãe, e a Maria (Maria Paula de Oliveira, gerente da Casa xoTTTa), que também é mãe e produtora, e trabalha comigo nessa caminhada, é muito importante incluir as mães e crianças. Elas geralmente são excluídas dos espaços de eventos relacionados à tatuagem. Aqui o que vale é que elas se sintam bem recebidas. A gente bate nessa tecla: 'Respeitem as crianças, que elas são agentes do mundo. Respeitem o espaço delas", frisa a mamãe de Juca, de 3 anos.

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