Mariana Weickert, repórter do 'Domingo Espetacular', comemora a boa audiência na estreia:
Mariana Weickert, repórter do 'Domingo Espetacular', comemora a boa audiência na estreia: "Fiquei nas nuvens"Divulgação
Por Juliana Pimenta

Rio - Aos 37 anos, Mariana Weickert encara um novo desafio. Desta vez, a ex-modelo assumiu como repórter do 'Domingo Espetacular', na Record TV. No último domingo, que marcou sua estreia na programação, o semanal teve audiência expressiva em diversas capitais e garantiu liderança em Fortaleza. A produção, com duração de 15 minutos, mostrou o trabalho de mulheres que ganham a vida trabalhando em pedreiras na Chapada Diamantina.

"Eu fiquei nas nuvens, animadíssima. Impressionante como as pessoas receberam bem a matéria, assimilaram e refletiram sobre o tema. Os comentários são profundos e as pessoas fizeram esse exercício de reflexão. Todos foram muito receptivos comigo. E a matéria ter ficado no pico de audiência do programa me deixou com a sensação de dever cumprido, que é uma sensação deliciosa", comemora.

Vivência

Além de celebrar o bom resultado do programa, Mariana destaca que esse tipo de conteúdo acrescenta em crescimento pessoal para ela. "Esse tipo de matéria que a gente se propõe a fazer não tem como não se emocionar. Acho que, quando temos esse exercício de sair da nossa bolha e vivenciar a realidade alheia, tem que ser muito coração de pedra para não se emocionar. Eu saio dessas matérias maior e muito tocada. Impressionante como isso nos alimenta enquanto ser humano e engrandece o coração e a alma", diz.

Esse tipo de cobertura, para ela, é especial justamente por evidenciar o caráter humano nas reportagens. "Nas matérias, a gente se propõe a vivenciar e não reportar. Então, a gente tem que conhecer essas histórias, essas diferenças, e viabilizar uma imersão na vida dessas pessoas. É uma produção mais delicada, não é só uma reportagem. Como a gente vai vivenciar, precisamos de uma maior abertura do entrevistado", destaca.

Carreira

Apesar de toda essa aptidão para a comunicação, a repórter catarinense não reconhecia essa vocação quando criança. Aos 14 anos, Mariana deu início à carreira como modelo. No entanto, alguns ensinamentos do mundo da moda são aplicáveis ao dia a dia do jornalismo.

"O que a moda me ensinou, eu levo para vida e para qualquer segmento que queira trilhar: é ter disciplina, profissionalismo, o que exige qualquer outra profissão. As pessoas imaginam que o mundo da moda seja muito glamouroso, cheio de vida boa e oba-oba, mas é um trabalho que exige muito profissionalismo. As pessoas até imaginam que seja muito fácil, mas não é. É muito difícil abrir mão de sua família, sua adolescência, seus amigos e suas raízes em busca de um trabalho que pode ou não ser promissor. Então, acho que isso me deu muita força, resiliência e me transformou no que sou hoje".

A mudança de profissão, de toda forma, aconteceu de modo natural. "Acho que as coisas foram acontecendo de forma orgânica na minha vida. Quando eu 'fugi' do mundo da moda e vim ao Brasil porque não aguentava mais aquela vida, voltei com a cara para bater para ver o que ia rolar. Pensei em fazer milhões de coisas, mas já rolou o primeiro convite para televisão. Antes, eu cobria moda e programas associados à beleza, até quando veio o convite para fazer 'A Liga', que foi um trabalho muito desafiador e enriquecedor. Acho que ali descobri o que realmente me alimentava profissionalmente. Isso me transformou e me transforma. Já passei por situações bem complicadas e desafiadoras. Mas, se me perguntassem hoje se faria de novo, provavelmente faria. É maluco, mas eu faria", lembra.

Decidida

Apesar do sucesso em 'A Liga', Mariana conta que nunca ligou para o preconceito de ter, por muito tempo, sua imagem associada à fragilidade. "Tenho um estereótipo específico e vim do mundo da moda, então as pessoas não imaginam que eu vá colocar a mão na massa e fazer essa imersão real. Ninguém acha que eu vá me despir de um figurino badalado, de uma maquiagem ou cabeleireiro. Isso surpreende as pessoas, mas para mim é normal, não sou essa pessoa montada. Se sofri algum machismo específico, acho que dei um pontapé e não senti isso na pele como um impedimento. Isso nunca me travou, e eu não consigo lembrar de um momento que isso me tolhesse de alguma realização profissional. Agora, se tirei essa carapuça, essa impressão de mulher frágil, que bom! No fundo, na pessoa física, eu não sou nada disso", reforça.

Fãs

Apesar de não ser muito ligada nas redes sociais, Mariana conta que aproveitou a estreia da participação no 'Domingo Espetacular' para se conectar aos fãs pela internet.

"Às vezes, fico alienada desse mundo, mas eu queria que as pessoas vissem o programa, criticassem, sugerissem. Fiquei muito feliz com a enxurrada de abraços e carinhos virtuais que recebi. Isso me impulsiona. Mas, às vezes, não consigo na correria da vida louca, e com a Theresa, minha filhinha de 1 ano e meio. Tenho casa, marido, vida, trabalho, a pauta... É complicado estar na rede social também. Mas sigo tentando melhorar. Aos meus seguidores aí, prometo me empenhar mais!", diz.

 

Você pode gostar
Comentários