Flávia AlessandraReprodução Instagram

Rio – Vale tudo entre quatro paredes! Sem tabus em relação ao sexo, famosas como Flávia Alessandra, de 50 anos, e Pocah, de 30, já revelaram que praticaram o 'Dirty Talking' (conversa suja) na hora 'H'. Trata-se de um fetiche em que 'xingamentos' e 'palavrões' são utilizados para dar uma apimentada na relação. A experiência, no entanto, deve ser feita de maneira consensual entre os parceiros.  
"'O Dirty Talking' envolve o uso de palavras, frases ou expressões sugestivas durante o sexo para aumentar a excitação e a intimidade entre os parceiros. Essa prática pode incluir elogios, comentários sobre o que está acontecendo ou o que você gostaria de fazer, e até mesmo o uso de palavrões, que podem intensificar a experiência sexual. O 'Dirty Talking' é importante para a intimidade sexual porque ajuda a comunicar desejos, fantasias e limites, além de criar uma atmosfera de conexão e vulnerabilidade entre os parceiros, tornando a experiência mais prazerosa e envolvente", declarou a sexóloga Claudia Petry.
A profissional explica que essa prática está relacionada ao "sexo kink" (sexo não convencional), que envolve uma comunicação aberta sobre os desejos e explora diferentes maneiras de obter prazer, enquanto o fetiche é sobre um interesse específico. "No contexto do "kink", o "dirty talk" pode ser ainda mais significativo, pois permite que os parceiros explorem dinâmicas de poder, expressando submissão ou dominação através das palavras. Essa prática é bastante comum entre aqueles que exploram o "kink", pois ajuda a intensificar a experiência, criar uma atmosfera de confiança e aumentar a excitação. Além disso, o uso de linguagem sugestiva pode ajudar a estabelecer limites e garantir que todos as partes envolvidas estejam confortáveis".
Além do 'Dirty Takking', o "sexo kink" também é associado ao BDSM (Bondage, Disciplina, Sadismo, Masoquismo), fetiches e dinâmicas de poder. "Diferente das práticas tradicionais, que focam em penetração e intimidade, o "kink" explora uma variedade maior de experiências e fantasias. E, como em tudo o que é diferente do "comum" e "já conhecido", há sim estigmas associados a essas práticas, muitas vezes baseados em desinformação e preconceitos, mas existe um movimento crescente para a normalização e aceitação do "kink" na sociedade", diz. 
A sexóloga ressalta que as experiências 'não convencionais' no sexo são saudáveis. "As pessoas que buscam prazer através do "dirty talk" ou do "sexo kink" não estão necessariamente lidando com transtornos psicológicos; essas práticas são consideradas normais e saudáveis dentro da sexualidade. Muitas pessoas exploram essas experiências como uma forma de se conectar mais profundamente com seus parceiros, expressar desejos e liberar a criatividade sexual. O importante é que essas práticas sejam consensuais e que exista comunicação aberta entre os envolvidos. Desde que as atividades sejam seguras, consensuais e respeitem os limites de cada um", frisa. 
*Reportagem da estagiária Mariana Amaral, sob supervisão de Isabelle Rosa