A atriz Juliana Martins reestreia o monólogo O Prazer é Todo Nosso nessa sexta (12), no Teatro Vannucci Leo Aversa

O tempo voou e a primeira mocinha de Malhação, que é também aquela menininha que fez A Gata Comeu vai fazer 50 anos. Estamos falando da atriz Juliana Martins, o nosso mulherão desta terça.
Carioca, a artista é mãe da jovem Luiza, de 23 anos. E apesar dos anos de atuação em novelas filmes e peças de teatro, recentemente, Juliana resolveu voltar pra sala de aula e acaba de se firmar em Teatro pela Faculdade CAL de Artes Cênicas.
Atriz desde os 11 anos, ela estreou em 1985 na novela A Gata Comeu, da TV Globo. Participou de diversas produções também como Riacho Doce (1990), Vamp (1992), Malhação (1995), Zazá (1997), Coração de Estudante (2002), Belíssima (2006), Cheias de Charme (2012) e Geração Brasil (2014). Trabalhou na Rede Record, nas novelas Caminhos do Coração (2008) e Jesus (2019). Também gravou séries e programas para o GNT, como Questão de Família, As Canalhas, Os Homens São de Marte e Copa Hotel, além de atuar no cinema e no teatro.
Essa semana, no dia 12 de janeiro, Juliana reestreia o monólogo O Prazer é Todo Nosso, no Teatro Vannucci, em temporada até o dia 2 de fevereiro. Na peça, Juliana fala sobre sexo do ponto de vista feminino, sobre a liberdade sexual da mulher e empoderamento feminino. O texto é inspirado na vida real da atriz que foi casada por 19 anos.
Além disso, Juliana também encena o espetáculo Eu Te amo, de Arnaldo Jabor. Esse ano vai estrear A Dona da História, de João Falcão. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse verdadeiro mulherão? Confiram a entrevista completa.
Como é sua relação com a família e como é mãe de uma jovem de 23 anos?
A relação com minha família e ótima. Sou muito próxima dos meus pais, que não são mais casados. Nós falamos diariamente. Sou muito próxima da minha madrasta também e tenho uma irmã mais nova. Tenho uma filha, a Luísa, que é meu orgulho. A gente se dá muito bem e temos uma rotina leve e divertida. Me considero uma mãe tranquila, não sou de ficar no pé dela. Sou mãe para tudo, ela é uma adulta, mas temos esse equilíbrio de respeito e de relação mãe e filha.
Como se sente chegando aos 50?
Me sinto orgulhosa em chegar aos 50 anos. Me sinto bem fisicamente, com saúde. Me sinto bonita, mais madura. Acho que eu tenho colocado o tempo ao meu favor. Me sinto mais sábia. Estou gostando muito e aproveitando a idade. Amadurecer com o tempo é bom. Estou na melhor fase.
A peça “O Prazer é Todo Nosso” fala de sexualidade feminina, como você lida com esse tema?
A peça reestreia essa semana. Uma peça que eu já faço desde a pandemia. Uma comédia muito divertida onde a plateia conversa muito comigo. Um reflexo desse novo mundo, de uma mulher com mais voz, com o poder feminino. Eu acho que a gente tem que tratar esse tema cada vez com mais naturalidade e para melhorar a realidade é sempre através da informação e da naturalidade. Além de mais leis que protejam as mulheres.
Sobre empoderamento feminino. O tema está na moda, mas o que temos que avançar?
Eu implico muito com a palavra empoderamento. O homem não precisou se empoderar. Então é uma palavra usada basicamente só para a mulher. Eu já tenho essa implicância (risos). O que precisamos para melhorar nesse quesito é termos mais mulheres no poder. O mundo ainda é governado por homens e não está dando muito certo.
E quais os próximos trabalhos? Sempre quis ser atriz? O que falta fazer na carreira?
Estou fazendo a peça também “Eu te amo” do Arnaldo Jabor, que faço junto com o ator Sérgio Marone. Viajo com ela em temporada. E estou montando também a peça A Dona da História, do João Falcão. E vai ser lançado em breve um filme que fiz para crianças do Lucas Neto, que deve sair no final desse mês. Fiz também uma participação em uma série da Warner.
Sou atriz desde os 11 anos de idade e isso já está no meu DNA. Não tive esse momento de escolher carreira. Sobre o que falta fazer na carreira... Falta muita coisa! Eu me acho uma mulher bem justa, venho me construindo para ser uma mulher interessante, justa e ciente do feminismo. Me acho uma boa mãe, uma boa filha e uma no namorada. Uma boa profissional. Estou trabalhando cada vez mais pra isso.
Pode deixar um recado para todas as mulheres?
Acho que as mulheres precisam ser cada vez mais unidas e amigas. É preciso mudar isso do fundo dos nossos corações. Já está mudando muito, mas é preciso mudar esse caminho e seguir juntas. Acreditar umas nas outras. Isso ajuda muito. Precisamos nos unir mais.