A atriz Juliana Martins reestreia o monólogo O Prazer é Todo Nosso nessa sexta (12), no Teatro Vannucci Leo Aversa
A relação com minha família e ótima. Sou muito próxima dos meus pais, que não são mais casados. Nós falamos diariamente. Sou muito próxima da minha madrasta também e tenho uma irmã mais nova. Tenho uma filha, a Luísa, que é meu orgulho. A gente se dá muito bem e temos uma rotina leve e divertida. Me considero uma mãe tranquila, não sou de ficar no pé dela. Sou mãe para tudo, ela é uma adulta, mas temos esse equilíbrio de respeito e de relação mãe e filha.
Me sinto orgulhosa em chegar aos 50 anos. Me sinto bem fisicamente, com saúde. Me sinto bonita, mais madura. Acho que eu tenho colocado o tempo ao meu favor. Me sinto mais sábia. Estou gostando muito e aproveitando a idade. Amadurecer com o tempo é bom. Estou na melhor fase.
A peça reestreia essa semana. Uma peça que eu já faço desde a pandemia. Uma comédia muito divertida onde a plateia conversa muito comigo. Um reflexo desse novo mundo, de uma mulher com mais voz, com o poder feminino. Eu acho que a gente tem que tratar esse tema cada vez com mais naturalidade e para melhorar a realidade é sempre através da informação e da naturalidade. Além de mais leis que protejam as mulheres.
Eu implico muito com a palavra empoderamento. O homem não precisou se empoderar. Então é uma palavra usada basicamente só para a mulher. Eu já tenho essa implicância (risos). O que precisamos para melhorar nesse quesito é termos mais mulheres no poder. O mundo ainda é governado por homens e não está dando muito certo.
Estou fazendo a peça também “Eu te amo” do Arnaldo Jabor, que faço junto com o ator Sérgio Marone. Viajo com ela em temporada. E estou montando também a peça A Dona da História, do João Falcão. E vai ser lançado em breve um filme que fiz para crianças do Lucas Neto, que deve sair no final desse mês. Fiz também uma participação em uma série da Warner.
Sou atriz desde os 11 anos de idade e isso já está no meu DNA. Não tive esse momento de escolher carreira. Sobre o que falta fazer na carreira... Falta muita coisa! Eu me acho uma mulher bem justa, venho me construindo para ser uma mulher interessante, justa e ciente do feminismo. Me acho uma boa mãe, uma boa filha e uma no namorada. Uma boa profissional. Estou trabalhando cada vez mais pra isso.
Acho que as mulheres precisam ser cada vez mais unidas e amigas. É preciso mudar isso do fundo dos nossos corações. Já está mudando muito, mas é preciso mudar esse caminho e seguir juntas. Acreditar umas nas outras. Isso ajuda muito. Precisamos nos unir mais.
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