Um desafio que preocupa os pais e que costuma piorar com as férias: o excesso de uso de telas por crianças e adolescentes. Os filhos passam horas hipnotizadas diante das telas. Além de prejudicar o desenvolvimento cognitivo, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos pode causar danos físicos também.
“Como as crianças e os jovens ficam imóveis diante dos aparelhos, na maioria das vezes em posições inadequadas, acabam tendo problemas de postura. Além disso, desenvolvem, em muitos casos, insônia e até mesmo vista cansada. É importante que sejam oferecidas atividades físicas variadas, preferencialmente ao ar livre”, explica a professora Ana Barreto, coordenadora do curso de Educação Física do Centro Universitário Celso Lisboa.
Tirar os filhos da frente do tablet, da televisão, do computador ou celular, no entanto, não é uma tarefa fácil. Por isso, a especialista elaborou uma lista de sugestões para tornar as atividades físicas mais divertidas e capazes de concorrer com o mundo virtual. E dá para aproveitar as opções ainda nesse final das férias!
A primeira recomendação da professora da Celso Lisboa é resgatar as brincadeiras de antigamente, como a amarelinha, que necessita de poucos apetrechos e pode ser feita em qualquer local.
“As crianças podem pular sozinhas, com os amigos, fazer desafios, como ver quem pula mais rápido, em dupla ou de costas. É uma brincadeira simples e que desenvolve as noções de tempo, espaço, a coordenação motora, a agilidade e o equilíbrio”, afirma.
Outro clássico que não pode faltar são as atividades com bola, que agradam também adolescentes. A altinha, que costuma ser mais jogada à beira-mar, pode ser adaptada para qualquer espaço, seja ele parque, quintal ou playground. O objetivo é manter a bola sempre no ar, fazendo passes com os pés, cabeça, pernas e peito para que ela não toque o chão.
“Para as crianças menores, é necessário usar uma bola mais leve, pois a oficial é pesada e pode machucar. Sugiro ainda que se junte as duas atividades, desafiando os participantes a manter a bola no ar enquanto pulam amarelinha. O “combo” vai exigir bastante coordenação motora e será tão divertido quanto atividades cooperativas e competitivas, como pique-pega, pique-esconde ou pique-bandeira. Essas atividades de pique são uma ótima oportunidade para ensinar valores de respeito, parceria e socialização, com o trabalho em equipe”, ressalva a professora da Celso Lisboa.
Com as altas temperaturas do verão, Ana lembra ainda que é preciso tomar cuidado para que crianças e adolescentes não desidratem ao brincar ao ar livre. Além de oferecer água e frutas frescas para os filhos, é possível ainda transformar a necessidade de se proteger do sol escaldante em outra brincadeira. Quem espalhar mais rápido pelo corpo o protetor solar, sem esquecer de pés e orelhas, ganha.
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