Dia 29 de janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade TransReprodução

Olá, meninas!
Hoje, dia 29 de janeiro, é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data tem como objetivo trazer mais visibilidade e propor reflexões sobre as questões enfrentadas pela população trans – pessoas travestis, transexuais e transgêneros. Alguns desafios do país estão no pouco acesso a cirurgias afirmativas de gênero para essa população e ao atendimento especializado na rede pública de saúde. Essa data reforça a importância de desenvolver mais políticas públicas, combater o preconceito e oferecer assistência para essa comunidade.
No SUS, desde 2008, são oferecidos procedimentos ambulatoriais e cirurgias para pacientes que queiram fazer a redesignação sexual. Mas o assunto ainda é pouco esclarecido na sociedade. De acordo com o Ministério da Saúde, 5 hospitais do SUS estão habilitados para realizar cirurgias de redesignação sexual, e três unidades fazem acompanhamento em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), as filas de acesso para a redesignação sexual variam em mais de 10 anos atualmente.
A redesignação sexual ou cirurgia genital afirmativa de gênero nada mais é do que um procedimento hormonal ou cirúrgico para adequar os órgãos genitais do sexo biológico do indivíduo ao gênero pelo qual o paciente se identifica. “Cerca de 70% das mulheres trans querem e 35% dos homens trans optam por fazer os procedimentos. Atados pelo medo do preconceito e da discriminação, muitas pessoas trans não procuram atendimentos médicos, as mulheres trans principalmente. Elas tendem a esconder o órgão genital”, aponta o urologista Ubirajara Barroso Jr., especialista em reconstrução genital.
Não necessariamente uma pessoa transgênero precisa fazer a cirurgia de redesignação sexual ou qualquer modificação em seu corpo. Esse procedimento deve ser uma escolha particular. No homem trans que possui clítoris e vagina por exemplo, o procedimento pode ser realizado pelo método da metoidioplastia, procedimento mais comum, e pela faloplastia, uma técnica mais complexa. Para iniciar o processo terapêutico e realizar hormonização é necessário ser maior de 18 anos, e já ter vivência com o nome social. Para realização de cirurgias de redesignação sexual pelo SUS é preciso ter mais de 21 anos.
Vamos refletir mais sobre os desafios enfrentados por essa população? Combater o preconceito e exigir respeito? Aguardo vocês também no meu programa na TV Band, o Vem Com a Gente, de segunda a sexta a partir das 13h30. E também no meu Instagram @gardeniacavalcanti.